Perante a adversidade, somos compelidos a fugir ou desistir porque inatamente a dor não é algo que aceitemos de bom grado. Mas a verdade, é que as coisas que realmente valham a pena, aquelas que ao morremos teremos mais orgulho de ter conseguido são exactamente as que nos levaram o corpo e alma.
Humanos somos e sempre seremos e haverá alturas que acharemos que não temos a capacidade de ultrapassar a barreira se impõe.
Valerá a pena? Já dizia o poeta respondendo ao colega: tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E não existem almas pequenas. Existem almas degeneradas, partidas e desfeitas, mas pequenas, não…
Estamos despedaçados. Todos. Não se pense por um segundo que a nossa dor é só nosso. Biliões de pessoas estão a lidar com as suas próprias dores ao mesmo tempo que nos lamuriamos das nossas. Se estão pior ou melhor, pouco interessa. Jamais consolarei a minha dor sabendo da dor alheia.
No entanto se puder fazer algo para minimizar a dor de alguma dessas pessoas, minimizarei a minha como se duma catarse se trata-se. Uma linda simbiose de dois seres humanos. Um que cura o outro e aquele que fica curado trata as feridas do curador.
Num mundo cada vez mais minado de inveja, egoísmo, egocentrismo, às vezes questiono-me se não voltamos aos tempos das trevas. Não do conhecimento mas das emoções…
Rezam as lendas gregas que houve uma vez um belo rapaz que estava apaixonado por si próprio e que passava dias vislumbrando o seu reflexo nas águas do lago. Um dia distraído com tamanha beleza, caiu ao lago e morreu afogado. Esta história tem, pelo menos, 6 mil anos… Já correrem litros de tinta sobre ele e, inclusive, o nome do rapaz faz parte do nosso léxico demonstrando um dos nossos mais proliferados “pecados”. Chamava-se Narciso. E é a ele que se deve hoje a palavra Narcisista… É, obviamente, uma parábola, da mesma forma que é um dos 7 pecados mortais, o orgulho. A incapacidade de vermos para além de nós próprios.
Migo, sabes que esta é para ti.
Errar é humano. Ter defeitos é humano. Superá-los é heróico.
Estou cá para ti.
FORÇA
domingo, abril 29, 2007
Carta a ti….
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