sexta-feira, novembro 30, 2007

Luz


Escrevo, escrevo e escrevo e nunca te falei da Luz. É uma pessoa que me é muito querida. Daquelas que sem mais nem porquê nos conquista com o seu silencio ponderado e a sua gargalhada espontânea.
Já citei este excerto de Fernando Pessoa em relação a ti mas, também a Luz, me cativou de igual forma: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Com ela partilhei momentos inesquecíveis, a nossa simbiose é inexplicável e ela é, sem qualquer réstia de dúvida, uma pessoa incomparável. E mais! Incontornável! É-o neste momento da minha vida, e se se mostrar a vontade de ambas, sê-lo-á para sempre.
A intensidade com que sinto é uma constante em todas as minhas relações. Independente do sexo, idade ou credo da solidão que se cruza com a minha, o laço é criado.
A Luz desenha. É o trabalho dela. Cria imagens mentais e passa-as para o papel com uma precisão e bom gosto raros em alguém da minha geração. Vive a vida numa luta antagónica entre o que é e o que quer se tornar. Giro, nunca lhe disse isto mas, ela merece o melhor. Eu que digo sempre tudo…
A minha esperança é que a Luz um dia consiga passar para a folha de papel que é a vida, os traços dos pensamentos que a prendem a alguém que não quer ser e que consiga arquitectar o futuro a tal pormenor que uma linha não se desvie um milímetro daqui que estava traçado. E, depois disso tudo feito, tudo no lugar, nas “gavetas”, lhe apareça a pessoa certa e que tudo o que ela traçou descambe e ela sinta com todo o seu ser o que é verdadeiramente amar sem régua e esquadro...
Adoro-te Luz…

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