sábado, novembro 24, 2007

Utopia

A palavra foi cunhada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe".
A Utopia consiste na ideia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. Utópico é um modo não só absurdamente optimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.
Palavra que me remete sempre a Sir Thomas More (“O que vos digo em voz baixa e ao ouvido pregai-o em voz alta e abertamente”), Jesus Cristo, Karl Marx, Martin Luther King Jr., Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Karol Jósef Wojtyla, Madre Teresa de Calcutá… Enfim, estes e incontáveis profetas que desperdiçamos. As ideias por eles professadas são grandes. Imensas. Eram os verdadeiros Mestres. Os que viam para além do que a visão permite. Magnificência inconcebível para mim, comum mortal. Não só sonhavam, mas faziam-no alto! Coragem! Não só duma forma altruísta mas pensando no bem da sociedade, do país, do mundo.Brutal!Eu não pretendo tanto. Até há pouco tempo nem me deixava sonhar. Mas algo mudou. Entraste na minha vida e tudo o que parecia cimentado desmoronou. Mesmo não querendo, sonho. Durante o sono, acordada, a trabalhar, no café, no restaurante. Embora simplista e egoísta caracterizo o meu sonho recorrente como uma Utopia: um lugar que não existe. O dia. Aquele dia. Que me dirás que és só meu. Que se lixe o mundo. Vamos olhar as estrelas juntos até deixarmos de SER.Os ponteiros dos relógios parariam. O movimento de rotação da Terra no seu eixo congelaria. A sua translação à volta do sol solidificaria. Um nanossegundo. Não! O tempo que demora um pensamento. Ninguém daria por este “soluço” na linha temporal. Só existiríamos nós. A nossa respiração. O bater do nosso coração descompassado. Silêncio… Shhhhh… Não ouves? Não?
É uma utopia amor…

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