segunda-feira, dezembro 17, 2007

Sistema binário

0,1,0,1,1,0,0,0,1,0… E por aí fora. É a base da programação de qualquer sistema operativo. Com uma infindável conjugação de zeros e uns, faz-se uma inteligência artificial.
Preto e Branco! Sim e Não! Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético! Somente isso… Sem triangulações… Sem Asnas… E no entanto, suporta muito “peso”… Toneladas de informações e acções…Basta carregar numa tecla…
Era bom que fossemos assim. Dirias: “que seca!” Nada disso! Não saberíamos a diferença. Não sabemos o que é bom se não tivermos provado o mau, certo?
Falamos de amor e da Fénix que renasce das cinzas… Digo: Mitos… Respondes: Nada mais existe… Certíssimo! Ainda agora falávamos do maior mito de todos: o Amor.
No que me concerne, os sentimentos são lendas. Houve a necessidade de dar nome à nossa “ressonância emocional.” Comportamento gera comportamento. “Emotional Feedback…”
Quem somos nós para nomear algo que não tem nome? Generalizar algo que é tão pessoal e íntimo? Tentar compreender o incompreensível?
Não existe a Verdade Absoluta e, tão pouco, existem “sentimentos nobres”. Dissecados, não são mais que variações das pulsões inatas que desejamos, apaixonadamente, ter mais valor.
Voltaire disse: “Se Deus não existisse, tinha de ser inventado.” O actor Robin Williams supera-o: “Deus é o amigo imaginário do Homem.” Ora…
Se fossemos sistemas binários não tínhamos esta necessidade de nomear, analisar, dissecar…
Afinal de contas, bem vistas as coisas, até somos simples:
Vivo – 1; Morto – 0;

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