Pijama, cabelo desarranjado, robe e chinelos, ao final da tarde, afasta o edredão que a cobre no sofá para ir abrir a porta de entrada do prédio. Enquanto o rapaz sobe os três pisos até à casa prepara o dinheiro na quantia que tinha sido acertada antecipadamente por telefone. Toca a campainha e, ali à porta, dá-se a troca. O dinheiro pela comida. Uma pizza individual e um iced tea de pêssego. Agradece e com votos apressados de bom apetite fica a ver o estafeta correr pelas escadas abaixo.
Cenário triste. Tirado de um qualquer filme norte-americano que retrata a vida duma trintona que não tem ninguém na vida e, então, vive de comida rápida que lhe trazem a
casa porque cozinhar só para ela está fora de questão.
Pousa a pizza na mesa da sala e vai dar comida ao animal de estimação. Ele come sempre na mesma altura que ela, claro está, nas vezes que ela decide comer… Se assim não for, ela alimenta-o aquela hora repetidamente. Não quer que o seu “filhote” tenha sede ou fome. Tão lindo. Anda triste. Negligenciado. Precisa de mimo e ela não tem para lho dar. Desde que não lhe falte comida e água… A falta de carinho e mimo nunca matou ninguém, pois não? Ou matou? Não interessa, quando tiver para lho dar, dará.
Senta-se de perna cruzada no sofá a comer as fatias de pizza. Come só duas. Está sem fome. Beberrica da lata de iced tea e leva a caixa e lata para a cozinha. Põe a pizza em cima da mesa e a lata no frigorífico. Sabe que amanhã os levará para o lixo, mas pode ser que tenha vontade de comer mais tarde… Nunca se sabe…
Passou, à excepção de 2 horas, o dia todo sozinha em casa. Dormitando no sofá. Sacudida por uma dúzia de cãimbras nas pernas levantava-se e aplicava o spray milagroso e tomou um comprimido lírico. Uma hora depois ficou dorido mas as pernas já não contraíam.
Deita-se e cobre-se com o edredão. Faz zapping. Nada de interessante na televisão. Porque raio tem tantos canais e parece não haver nada que valha a pena ver…
Suspira… Pega nos telemóveis, tabaco e iPod e sobe as escadas até ao pc. Liga-o e, enquanto espera que este arranque, coloca os auscultadores do Mp3 nos ouvidos. Começa a cansar-se de ouvir sempre a mesma música mas não tem vontade de mudá-las…
Pelo menos não escuta o silêncio.
Embora, há uns dias com “prisão de ventre”, decide escrever. No caso dela, a escrita resume-se a relatar experiências por ela vividas e as elações que delas tirou…
Não há experiências, não há “evacuação”.
Pelo menos escrevendo este texto tonto, sempre “fala” com alguém hoje.
Fá-la sentir-se um pouco melhor por ter encomendado uma pizza individual…
Cenário triste. Tirado de um qualquer filme norte-americano que retrata a vida duma trintona que não tem ninguém na vida e, então, vive de comida rápida que lhe trazem a
casa porque cozinhar só para ela está fora de questão.
Pousa a pizza na mesa da sala e vai dar comida ao animal de estimação. Ele come sempre na mesma altura que ela, claro está, nas vezes que ela decide comer… Se assim não for, ela alimenta-o aquela hora repetidamente. Não quer que o seu “filhote” tenha sede ou fome. Tão lindo. Anda triste. Negligenciado. Precisa de mimo e ela não tem para lho dar. Desde que não lhe falte comida e água… A falta de carinho e mimo nunca matou ninguém, pois não? Ou matou? Não interessa, quando tiver para lho dar, dará.
Senta-se de perna cruzada no sofá a comer as fatias de pizza. Come só duas. Está sem fome. Beberrica da lata de iced tea e leva a caixa e lata para a cozinha. Põe a pizza em cima da mesa e a lata no frigorífico. Sabe que amanhã os levará para o lixo, mas pode ser que tenha vontade de comer mais tarde… Nunca se sabe…
Passou, à excepção de 2 horas, o dia todo sozinha em casa. Dormitando no sofá. Sacudida por uma dúzia de cãimbras nas pernas levantava-se e aplicava o spray milagroso e tomou um comprimido lírico. Uma hora depois ficou dorido mas as pernas já não contraíam.
Deita-se e cobre-se com o edredão. Faz zapping. Nada de interessante na televisão. Porque raio tem tantos canais e parece não haver nada que valha a pena ver…
Suspira… Pega nos telemóveis, tabaco e iPod e sobe as escadas até ao pc. Liga-o e, enquanto espera que este arranque, coloca os auscultadores do Mp3 nos ouvidos. Começa a cansar-se de ouvir sempre a mesma música mas não tem vontade de mudá-las…
Pelo menos não escuta o silêncio.
Embora, há uns dias com “prisão de ventre”, decide escrever. No caso dela, a escrita resume-se a relatar experiências por ela vividas e as elações que delas tirou…
Não há experiências, não há “evacuação”.
Pelo menos escrevendo este texto tonto, sempre “fala” com alguém hoje.
Fá-la sentir-se um pouco melhor por ter encomendado uma pizza individual…
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