segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Não há fome…

… que não dê em fartura. Leio esta frase e é-me impossível não esboçar um sorriso perante as formas perversas que a vida “arranja” para testar o nosso carácter.
Tento não pensar muito nas coisas de momento. Vou saboreando a vida fazendo aquilo que me parece melhor sem antevisões dos acontecimentos ou projecções desnecessárias.
Se antes racionalizava em demasia agora parece-me tudo tão desprovido de pensamento. É, verdadeiramente, uma lufada de ar fresco numa existência sempre tão rectilínea e suprimida por valores que, embora presentes, não têm de reger as nossas atitudes e toldar a nossa visão.
Aos poucos e poucos vou, com ajuda preciosa, desembrenhando este novelo cheio de nós que criei em mim.
Dei-me ao luxo de ter defeitos. E, melhor, de me rir deles. E porque não?! A única forma de nos sintetizarmos é descobrindo que somos nós a antítese da tese que é a nossa personalidade. Ou seja, são os nossos defeitos que vêm dar mais valor às nossas qualidades.
Triste é descobrir tal evidência com quase 28 anos. Mas enfim. A outra também só descobriu que “estar vivo é o contrário de estar morto” depois dos 60, por isso, acho que ainda posso ter esperança de vir a ser uma pessoa decente.
Ainda há pouco lia um mail em que me aconselhavam a ir ao oftalmologista… Acho que nunca vi tão bem e tão claro na minha vida!
Pode ser sol de pouca dura e, sendo do signo gémeos e com a minha herança genética - vulgo mau feitio - provavelmente será. Contudo, enquanto durar vou aproveitar estas férias que tirei de mim própria que, deixem que vos diga, são bem merecidas.
Descobri por acaso o Boris Vian e lê-lo leva-me a ter vontade de, por ora, recostar-me e apreciar, apenas e só, a espuma dos dias.

1 comentário:

Claudiodelete disse...

Feliz de te ver feliz :-) bjs