sábado, março 29, 2008

Excessos

São assim chamados para nos lembrar que existem limites que têm de ser respeitados. A nossa liberdade acaba onde começa a do outro… Verdade. Nem sempre ajo em conformidade com esse ditado porque me deixo cegar pelas minhas vontades e pulsões.
Sou o tipo de pessoa que tenta ficar com o braço todo se me estendem a mão. Tenho pena de assim ser. Sobrecarrego as pessoas com as minhas carências e dúvidas incessantes.
A vida intriga-me. Quando não encontro resposta que me satisfaça perscruto tudo e todos que me rodeiam até o meu apetite voraz ser saciado.
Dizia-me a minha Tia: - Cristina, all good things come to those who wait. Incita-me a ser paciente e deixa-me sempre palavras sábias na caixa de e-mail para que saiba que mesmo nos piores momentos, as nuvens carregadas têm sempre um rebordo prateado.
Mas quanto tempo é tempo suficiente? Quando dizer basta? Já esperei demais! Vou fazer-me à vida!
Já tentei várias vezes forçar a minha entrada na vida. Fazer-me ver. Fazer-me sentir. Fazer-me ouvir. Gritar aos quatro ventos: Estou aqui! Quando me dás o benefício da dúvida?
Acabo por sentir que me estou a intrometer num sítio onde não tenho lugar. Onde não encaixo por ser inadequada. Mendigo atenção, mendigo trabalho, mendigo compreensão… Mendigo, mendigo, mendigo… Como pode alguém sentir-se bem consigo própria se nos despem do nosso orgulho, dignidade e valor como pessoa?
O meu Avô dizia: Quanto mais nos baixamos, mais o cu se nos vê… Sábio Homem!
Quanto mais me prostro perante os outros, quer na minha vida pessoal quer na minha vida profissional, mais ridícula me sinto perante os demais…

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