quinta-feira, abril 03, 2008

Erotizar e a chegada da Primavera

Palavra que tomo por empréstimo, assim como esta expressão, a um dos melhores escritores que conheço.
O verbo refere-se à marca que deixamos na vida das pessoas somente vivendo. Sendo nós próprios. Alguns terão uma maior capacidade de erotizar que outros. Os que são eróticos inatamente burilam a sua presença e a sua ausência nos que por eles sentem muito, muito, demais.
É um verbo muito bem escolhido porque remete a algo que é instintivo. Se se sente o erotismo, logo se segue a atracção. De qualquer tipo. Intelectual, física, emocional, verbal e sexual.
Releio mails antigos que partilhei com um amigo há muito tempo atrás. Havia uma erotização total entre os dois. Assim como as atracções eram a todos os níveis descritos a cima. Brincamos com isso durante uns tempos mas depois voltamos à vida real e descartamos essas sensações que persistem por motivos maiores.
Mas era divertido. Fazia-me sentir viva. Electrizada. Dopada com dopamina. Com sorrisos necessitando de limão. Tenho de aceitar que isso não volta a acontecer. Tenho porque sei que mesmo com os laços criados, esses podem se ir desgastando e isso já não tem remédio. Nós somos responsáveis pelos laços que criamos e eu debilitei o meu o ponto de não retorno.
Falo disto para fazer o paralelismo com a forma que me tenho sentido agora que começou a Primavera. Como qualquer bichinho, ando de antenas no ar e a sentir necessidade de polinizar flores.
Isto de termos pulsões é uma bosta. Não chega termos de lidar com o nosso ser biológico e psíquico, temos de levar com o lado animalesco, também?
Frosga-se!!!!

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