É verdade o que dizes sobre as estações de comboio. O corrupio seguido duma extrema calma faz parecer que, por segundos apenas, o mundo parou de girar e o silêncio é absoluto.
Talvez seja um pouco a ideia de que só estamos realmente sozinhos quando nos despedimos de quem nos é mais próximo. Seja um adeus ou um até já, existe um ínfimo momento só nosso de “luto” e alegria. Das saudades que começam mas um alívio de estarmos de novo na nossa própria companhia. A lágrima da despedida e o suspiro de alívio do reencontro com nós próprios.
É normal que Virgílio Ferreira suscite esta reacção em ti. Sendo existencialista pode-se fazer um paralelismo entre o nos despedirmos de alguém e encontrar na solidão da sensação de termos sido “deixados”, a nossa própria existência.
Assim que o comboio parte e ficas sozinho na plataforma chegas à conclusão que existes porque não existe mais ruído à tua volta. Só o som da tua respiração.
Na “Aparição” ele encontra-se ao ser surpreendido pelo reflexo dele num espelho. Pensa: se me vejo e se me sinto, então, existo.
Para ti este momento é quando deambulas na estação de comboio à espera daquele instante que te apercebes que já te fazia falta uma conversa contigo próprio.
A dita pausa de pensar a que te referes é quando tudo se alinha e percebes que, tirando o que pensas que os outros vêem de mal em ti, és realmente perfeito para quem mais interessa: para ti.
Mas como em tudo nesta mísera existência, Virgílio Ferreira, assim como qualquer filósofo esquece algumas das nossas predisposições genéticas e, acima de tudo, humanas. Somos seres sociais. Vivemos e respiramos o que os outros pensam de nós. Não vivemos do reflexo do espelho, mas do reflexo que vemos nos olhos dos demais quando nos observam. Por isso, meu amigo, nunca nos satisfazemos connosco próprios. Porque os momentos que nos são concedidos em que temos uma percepção da nossa perfeição são apenas fogos-fátuos entre um não acabar de chamas diárias que nos devoram por nunca sermos o suficiente para os outros.
Talvez seja um pouco a ideia de que só estamos realmente sozinhos quando nos despedimos de quem nos é mais próximo. Seja um adeus ou um até já, existe um ínfimo momento só nosso de “luto” e alegria. Das saudades que começam mas um alívio de estarmos de novo na nossa própria companhia. A lágrima da despedida e o suspiro de alívio do reencontro com nós próprios.
É normal que Virgílio Ferreira suscite esta reacção em ti. Sendo existencialista pode-se fazer um paralelismo entre o nos despedirmos de alguém e encontrar na solidão da sensação de termos sido “deixados”, a nossa própria existência.
Assim que o comboio parte e ficas sozinho na plataforma chegas à conclusão que existes porque não existe mais ruído à tua volta. Só o som da tua respiração.
Na “Aparição” ele encontra-se ao ser surpreendido pelo reflexo dele num espelho. Pensa: se me vejo e se me sinto, então, existo.
Para ti este momento é quando deambulas na estação de comboio à espera daquele instante que te apercebes que já te fazia falta uma conversa contigo próprio.
A dita pausa de pensar a que te referes é quando tudo se alinha e percebes que, tirando o que pensas que os outros vêem de mal em ti, és realmente perfeito para quem mais interessa: para ti.
Mas como em tudo nesta mísera existência, Virgílio Ferreira, assim como qualquer filósofo esquece algumas das nossas predisposições genéticas e, acima de tudo, humanas. Somos seres sociais. Vivemos e respiramos o que os outros pensam de nós. Não vivemos do reflexo do espelho, mas do reflexo que vemos nos olhos dos demais quando nos observam. Por isso, meu amigo, nunca nos satisfazemos connosco próprios. Porque os momentos que nos são concedidos em que temos uma percepção da nossa perfeição são apenas fogos-fátuos entre um não acabar de chamas diárias que nos devoram por nunca sermos o suficiente para os outros.
Mas isto é só a opinião de quem, verdadeiramente, abomina estações de comboio....
Mas, a ti, meu “italianozinho”, te digo que, para mim, és o suficiente. És um amigo incontornável e perfeito.
Mas, a ti, meu “italianozinho”, te digo que, para mim, és o suficiente. És um amigo incontornável e perfeito.
3 comentários:
E que bom é termos amigos,o amor é preciso, mas...uma amizade verdadeira é fundamental, pena quando temos que fazer uma despedida de um amigo por qualquer razão, mas existem sempre outros amigos, ou outras mãos amigas
n'est ce pas?
Beijinhos
Passa pela minha cidade par ouvir um pouco e música de uma amiga
BC
Tenho saudades Renard, que é feito de si?
Dê notícias para eu ficar descansada amiga!
Beijocas
BC
Eu não me esqueço de si
Bc: infelizmente nao tenho tido internet. Esta tudo mais ou menos. Assim k voltar a ter net volto, tambem, a escrever no blog. Entretanto ando a ver o mail no telemovel. Assim, como escrevo esta mensagem com ele. Bjs e tb nao me esqueco de si.
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