Quando penso na terminologia evolucionária que nos define como espécie o primeiro pensamento que se forma é que não se trata duma antítese mas, sim, dum paradoxo.
“Homem Sábio”… Realmente Darwin deve ter chegado a esta conclusão aquando da sua estadia nas Galápagos porque não foi no meio dos da sua espécie que, certamente, viu sapiência…
Numa introspecção recente pensava numa citação dum provérbio chinês que muito me apraz: “Sábio é aquele que aprende com os erros do outros”. Mas todos sabemos que se não formos nós a “dar a cabeçada” o conhecimento nunca se torna perene para nós.
Para mim a sabedoria recai sobre algo muito mais simples e humano. A sapiência, a meu ver, é nunca ter de pedir desculpa.
Nesta sociedade cada vez mais minada de maus exemplos, estamos constantemente a cometer “faux-pas” porque não paramos. Não paramos para conhecer o interlocutor; Não paramos para pensar no que nos vai sair boca fora; Não paramos para antever a reacção àquilo que vamos dizer à pessoa a quem nos dirigimos.
Estes dias tenho andando profundamente abatida. Como tal, os meus amigos ouvem-me e aconselham-me. Cada um tem a solução perfeita para o meu bem-estar mas divergem todas entre elas.
Estava a falar com um amigo psicólogo que, no outro dia no café, me dizia em jeito de brincadeira - e daí talvez não - que a minha inteligência não me serve de nada. Mais valia ser uma completa ignorante (pelo menos seria mais feliz, sem dúvida). Ele não estava a repudiar a minha inteligência. É que, como me apontou, de que serve a tua inteligência e conhecimento se emocionalmente estás “toda rota”.
Cícero disse: “Não basta adquirir sabedoria; é preciso, além disso, saber utilizá-la”. Ora, neste caso específico o meu amigo tem toda a razão. Numa altura que tento encontrar-me ou pelo menos alguma paz na pessoa em que me fui tornando ao longo dos anos a pouca sabedoria que tenho não me dá as respostas que necessito. Essas estão bem fundo nas minas que são as minhas memórias.
Platão põe as coisas dessa mesma forma: “A sabedoria consiste em ordenar bem a nossa própria alma”.
Não usaria o vocábulo alma mas é, sem dúvida, isso que tento fazer. Primeiro uma triagem do que quero que fique; Seguido do que terá de ser alterado; Finalmente o que terá de ser extirpado do meu ser.
Dito isto, continuo abatida pois pensei ter encontrado alguém que me iria ajudar nesta difícil tarefa mas acho que me enganei e, afinal de contas, apenas piorava a situação.
Julgo que, pelo menos por ora, terei de “trilhar o caminho” sozinha.
Como se diz em inglês: It isn’t over until the fat lady sings…
“Homem Sábio”… Realmente Darwin deve ter chegado a esta conclusão aquando da sua estadia nas Galápagos porque não foi no meio dos da sua espécie que, certamente, viu sapiência…
Numa introspecção recente pensava numa citação dum provérbio chinês que muito me apraz: “Sábio é aquele que aprende com os erros do outros”. Mas todos sabemos que se não formos nós a “dar a cabeçada” o conhecimento nunca se torna perene para nós.
Para mim a sabedoria recai sobre algo muito mais simples e humano. A sapiência, a meu ver, é nunca ter de pedir desculpa.
Nesta sociedade cada vez mais minada de maus exemplos, estamos constantemente a cometer “faux-pas” porque não paramos. Não paramos para conhecer o interlocutor; Não paramos para pensar no que nos vai sair boca fora; Não paramos para antever a reacção àquilo que vamos dizer à pessoa a quem nos dirigimos.
Estes dias tenho andando profundamente abatida. Como tal, os meus amigos ouvem-me e aconselham-me. Cada um tem a solução perfeita para o meu bem-estar mas divergem todas entre elas.
Estava a falar com um amigo psicólogo que, no outro dia no café, me dizia em jeito de brincadeira - e daí talvez não - que a minha inteligência não me serve de nada. Mais valia ser uma completa ignorante (pelo menos seria mais feliz, sem dúvida). Ele não estava a repudiar a minha inteligência. É que, como me apontou, de que serve a tua inteligência e conhecimento se emocionalmente estás “toda rota”.
Cícero disse: “Não basta adquirir sabedoria; é preciso, além disso, saber utilizá-la”. Ora, neste caso específico o meu amigo tem toda a razão. Numa altura que tento encontrar-me ou pelo menos alguma paz na pessoa em que me fui tornando ao longo dos anos a pouca sabedoria que tenho não me dá as respostas que necessito. Essas estão bem fundo nas minas que são as minhas memórias.
Platão põe as coisas dessa mesma forma: “A sabedoria consiste em ordenar bem a nossa própria alma”.
Não usaria o vocábulo alma mas é, sem dúvida, isso que tento fazer. Primeiro uma triagem do que quero que fique; Seguido do que terá de ser alterado; Finalmente o que terá de ser extirpado do meu ser.
Dito isto, continuo abatida pois pensei ter encontrado alguém que me iria ajudar nesta difícil tarefa mas acho que me enganei e, afinal de contas, apenas piorava a situação.
Julgo que, pelo menos por ora, terei de “trilhar o caminho” sozinha.
Como se diz em inglês: It isn’t over until the fat lady sings…
3 comentários:
Minha querida, citaste 2 grandes sábios. E o teu amigo psicólogo tem razão. Desculpa lá juntar-me ao lado mais doloroso de ouvir.
Mas também te tenho a dizer que está lá tudo o que precisas, só te falta mesmo arrumar a casa. Vais ver que vai ficar linda depois de arrumadinha. Continuamos a nossa conversa na hora do chá, pode ser? Um beijo grande e um até já ;)
Sabes, também tive que arrumar a casa...
Houve coisas que tive que modificar, tive que perceber que nem sempre o que nos aconselham a fazer é o mais adequado para nós - questões de temperamento, ambiente em estamos inseridos, gostos, interesses pessoais...
Por isso, "arruma" a casa...Dá-me um toque....
Beijos e abraços
Marta
"Só uma coisa que realmente não podes legar aos teus filhos - a tua Experiência", esta é da "sábia" Avó Pirueta. Não leves a mal, não estou a retirar importância ao teu sentir, mas olha que eu sou bem mais crescidinha e se tu soubesses como tenho a minha casa desarrumada!Dir-te-ei, não como conselho, mas para partilhar uma solução, que às vezes prefiro a desarrumação - sempre é possível esconder-se algo que nos incomoda por baixo de um xaile de que gostamos muito ou de achar uma nota de cem euros num casaco de outra estação... Continuo a brincar, minha Querida, mas com todo o respeito que as tuas Dores me merecem. Contudo, não vejo vantagem nenhuma em ser-se menos inteligente se se for infeliz. Se tiver que ser infeliz, que ao menos seja inteligente! Talvez possa transmutar a dor em palavras inesquecíveis que ajudarão outros. É assim. Beijo da Ouma
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