Lembrei-me da frase preferida dum amigo meu: This too shall pass. Traduzindo rudemente será qualquer coisa como: Isto, também, passará.
Tudo na vida, além da morte, passa. Questiono-me é a necessidade de cá andar só com esse mesmo propósito. Porque sim! Que raio! Mas eu não posso discordar sobre a alegria imensa que é estar vivo?
Eu não me sinto mais feliz só por todos os dias quando acordo constatar que estou viva!
Quer dizer, entre os 15 a 30 minutos que demoro a “desempenar-me” e a levantar-me da cama a queixar-me como uma velha de 90 anos, não contenho o êxtase e agradeço euforicamente ao Universo a minha existência…
Imaginem este cenário… Acordam com o despertador, eu tenho 4, e estão deitados em posição fetal - Corpo de lado, braços cruzados junto ao peito e pernas flectidas – Abrem um olho e, com dificuldade esticam o braço para calar o malfadado rádio… Depois sentem que estão entesados – não no bom sentido - e que os vossos músculos estão todos crispados. Lentamente começam a esticar o corpo. Por esta altura liga-se a máquina de fazer pipocas! Tudo estala! Tudo! Estalam ossos e junções que nem sabia que existiam! Mas não pensem que esta demonstração de precursão física é indolor! A cada estalo vocifero tipo metralhadora cada asneira que faria corar uma peixeira no Bulhão! A minha recente condição de quem mora sozinho veio beneficiar-me neste aspecto. Quando tinha companheira de casa tinha de me controlar e sibilar entre dentes as pragas e heresias… Agora é ouvir-me a gritar entre ais e uis!
Incrivelmente e por maldade do destino, depois de fazer todos os alongamentos há sempre um osso ou uma junção que dói e que simplesmente não me dá o alívio do estalo. Ando pela casa aos saltos a tentar desencaixar a junção. Quem me ouça e veja deve pensar que, certamente, uma consulta psiquiátrica seja urgente.!
Isto é o que acontece num dia bom! Existem dias que as dores não passam mesmo e ando pela a rua com a aparência duma paciente geriátrica que se esqueceu do andarilho… Nessas alturas, abro os braços para o céu – estalando, claro está – respiro fundo – o que me faz ter uma cãibra nas costas – e digo: - É tão bom estar viva!
É isto que tenho pela frente todos os dias da minha vida! Ah que cenário tão animador!
Há anos que ouço que as coisas hão-de melhorar… Continuo à espera… Hei-de morrer à espera… A minha última palavra vai ser: então?!
Tudo na vida, além da morte, passa. Questiono-me é a necessidade de cá andar só com esse mesmo propósito. Porque sim! Que raio! Mas eu não posso discordar sobre a alegria imensa que é estar vivo?
Eu não me sinto mais feliz só por todos os dias quando acordo constatar que estou viva!
Quer dizer, entre os 15 a 30 minutos que demoro a “desempenar-me” e a levantar-me da cama a queixar-me como uma velha de 90 anos, não contenho o êxtase e agradeço euforicamente ao Universo a minha existência…
Imaginem este cenário… Acordam com o despertador, eu tenho 4, e estão deitados em posição fetal - Corpo de lado, braços cruzados junto ao peito e pernas flectidas – Abrem um olho e, com dificuldade esticam o braço para calar o malfadado rádio… Depois sentem que estão entesados – não no bom sentido - e que os vossos músculos estão todos crispados. Lentamente começam a esticar o corpo. Por esta altura liga-se a máquina de fazer pipocas! Tudo estala! Tudo! Estalam ossos e junções que nem sabia que existiam! Mas não pensem que esta demonstração de precursão física é indolor! A cada estalo vocifero tipo metralhadora cada asneira que faria corar uma peixeira no Bulhão! A minha recente condição de quem mora sozinho veio beneficiar-me neste aspecto. Quando tinha companheira de casa tinha de me controlar e sibilar entre dentes as pragas e heresias… Agora é ouvir-me a gritar entre ais e uis!
Incrivelmente e por maldade do destino, depois de fazer todos os alongamentos há sempre um osso ou uma junção que dói e que simplesmente não me dá o alívio do estalo. Ando pela casa aos saltos a tentar desencaixar a junção. Quem me ouça e veja deve pensar que, certamente, uma consulta psiquiátrica seja urgente.!
Isto é o que acontece num dia bom! Existem dias que as dores não passam mesmo e ando pela a rua com a aparência duma paciente geriátrica que se esqueceu do andarilho… Nessas alturas, abro os braços para o céu – estalando, claro está – respiro fundo – o que me faz ter uma cãibra nas costas – e digo: - É tão bom estar viva!
É isto que tenho pela frente todos os dias da minha vida! Ah que cenário tão animador!
Há anos que ouço que as coisas hão-de melhorar… Continuo à espera… Hei-de morrer à espera… A minha última palavra vai ser: então?!
E logo depois a cabeça descai e, claro.... Ouve-se um valente estalo!
4 comentários:
Well.. do you see a viable alternative?
Give up then... Doesn't seem like you.
Life is a bitch, but it does have its moments and I believe those are worth it... because after... proverbial worm food...
...now let the lynch mob come after me...
Ainda bem que voltou, tenho-me lembrado de si. Especialmente, no dia em que o autor do princepezinho
fazia anos.
Para mim a vida é uma coisa maravilhosa, é pena passar tao depressa.
Quando a minha mae morreu também quis morrer. A dor nao passou, mas o desejo de morrer sim.
Have a nice day, dear Renard!
A vida está cheia de dúvidas...
Há sempre alternativas; e os momentos em que tudo vale a pena...goza-os em pleno....
Até já
Beijos e abraços
Marta
Dearest,
I have an idea I've read somewhere you had written something funny. Am I wrong? I'm very sorry for you if this really happens but if it is so, can't you take some sort of medicine? I hope so and I'll pray for you. Think of it! Feel my touch on the painful part of your body. Feel the TOUCH! Share your pain with me. Kiss you. Ouma
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