Quem sou eu? Sou aquela que está contigo ou aquela que está com os outros? Não sei se por uma questão de fugir ao que é rotineiro e “normal”, apraz-me mesmo muito conversar contigo. As conversas restantes parecem-me fúteis e desprovidas de sentido. Já uma vez, noutra vida, senti isto. As conversas de café e circunstância aborrecem-me e não tenho disposição para falar dos “fait-divers” quotidianos que se repetem incessantemente. Já não tenho paciência para a piada fácil, nem tão pouco me apetece rir. Não agora que já ouvi a tua gargalhada e provei do teu sentido de humor sarcástico e inteligente.
Salvo a excepção acima, aprendi a lidar com esta insatisfação e até a gostar destas conversas que, momentaneamente, me despegam dos meus pensamentos fatídicos. Descontraio e desligo o motor. Deixo-me levar pelas correntes e satisfaz-me navegar ao sabor do vento.
Agora pareço ter rota traçada. Compasso, esquadro, bússola e quadrante, traço as tangentes do ângulos que me hão-de levar a bom porto. Guio-me pelo mapa das estrelas à noite quando olho para o céu e está tudo calmo e o silêncio ensurdece.
Espasmodicamente, por vezes, saio de mim quando escrevo. Uma violência epiléptica que após a convulsão me deixa cansada, sem forças e sem memória.
Na obra, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, Robert Louis Stevenson conta-nos a história de um cientista que, após ter ingerido uma fórmula por ele criada, começa a mostrar sintomas de ter “libertado” uma outra personalidade. Sempre encarei esta história como uma visão interessante da esquizofrenia. Do meu ponto de vista, o Dr. quis soltar o seu alter-ego tendo ficado surpreendido, pela negativa, com aquilo que guardava no seu interior.
Sinto-me como ele mas numa versão antónima. Era o Mr. Hyde e despoletei o Dr. Jekyll.
Enfim, conversas esquizofrénicas.
Salvo a excepção acima, aprendi a lidar com esta insatisfação e até a gostar destas conversas que, momentaneamente, me despegam dos meus pensamentos fatídicos. Descontraio e desligo o motor. Deixo-me levar pelas correntes e satisfaz-me navegar ao sabor do vento.
Agora pareço ter rota traçada. Compasso, esquadro, bússola e quadrante, traço as tangentes do ângulos que me hão-de levar a bom porto. Guio-me pelo mapa das estrelas à noite quando olho para o céu e está tudo calmo e o silêncio ensurdece.
Espasmodicamente, por vezes, saio de mim quando escrevo. Uma violência epiléptica que após a convulsão me deixa cansada, sem forças e sem memória.
Na obra, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, Robert Louis Stevenson conta-nos a história de um cientista que, após ter ingerido uma fórmula por ele criada, começa a mostrar sintomas de ter “libertado” uma outra personalidade. Sempre encarei esta história como uma visão interessante da esquizofrenia. Do meu ponto de vista, o Dr. quis soltar o seu alter-ego tendo ficado surpreendido, pela negativa, com aquilo que guardava no seu interior.
Sinto-me como ele mas numa versão antónima. Era o Mr. Hyde e despoletei o Dr. Jekyll.
Enfim, conversas esquizofrénicas.
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