Dizes que burilo as palavras e as frases quando escrevo. Que importância tem? Gravar por gravar que seja a nossa existência na de outrem. O que escrevo de eterno nada tem. Basta ler a amálgama de textos que vou “vomitando” para perceber a desconexão de assuntos e estados de alma.
Agora o cunho que deixamos na vida de quem queremos, esse sim eternizar-se-á na memória.
Aquele perfume… Aquele olhar… Aquele gesto… A pequena contorção do canto da boca num esgar malandro… O brilho de desejo nos olhos… Estes estão burilados na minha lembrança. A ferro e fogo cravaste-te no meu pensamento.
Que saudades! Do teu calor, do teu abraço, das tuas carícias… A forma como desenhavas o contorno dos meus lábios com a tua língua. Como estremeci a primeira vez que me tocaste no ventre. O arrepio de exaltação ao sentir o teu toque no fundo das minhas costas. Quando me beijavas os olhos que fechavam por anteciparem prazer. Quando murmuravas pequenos nadas que significaram tanto, tanto…
Anseio voltar a experimentar esse delírio. Envergar diariamente um sorriso palerma e despropositado que teimava em manter-se nas minhas feições como se duma máscara carnavalesca se tratasse… Se não contigo, se não agora, esperarei. Sou tua. Ainda. E, enquanto assim for, não trairei a minha vontade. Quiçá, num futuro próximo, terei a capacidade de fornecer a mim própria uma “tábua rasa” e deixar que alguém burile a sua existência, os seus gestos, a sua sensualidade e o seu corpo na minha mente.
Até lá, contentar-me-ei com momentos que existem, apenas e só, no acto de recordar.
Agora o cunho que deixamos na vida de quem queremos, esse sim eternizar-se-á na memória.
Aquele perfume… Aquele olhar… Aquele gesto… A pequena contorção do canto da boca num esgar malandro… O brilho de desejo nos olhos… Estes estão burilados na minha lembrança. A ferro e fogo cravaste-te no meu pensamento.
Que saudades! Do teu calor, do teu abraço, das tuas carícias… A forma como desenhavas o contorno dos meus lábios com a tua língua. Como estremeci a primeira vez que me tocaste no ventre. O arrepio de exaltação ao sentir o teu toque no fundo das minhas costas. Quando me beijavas os olhos que fechavam por anteciparem prazer. Quando murmuravas pequenos nadas que significaram tanto, tanto…
Anseio voltar a experimentar esse delírio. Envergar diariamente um sorriso palerma e despropositado que teimava em manter-se nas minhas feições como se duma máscara carnavalesca se tratasse… Se não contigo, se não agora, esperarei. Sou tua. Ainda. E, enquanto assim for, não trairei a minha vontade. Quiçá, num futuro próximo, terei a capacidade de fornecer a mim própria uma “tábua rasa” e deixar que alguém burile a sua existência, os seus gestos, a sua sensualidade e o seu corpo na minha mente.
Até lá, contentar-me-ei com momentos que existem, apenas e só, no acto de recordar.
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