O que mais me custa é a mágoa que inflijo a mim própria… A saber? Deves estar a gozar? Não sabes? Não sentes? Não te magoei? Consequentemente, não me magoei? Não deitei tudo a perder? Comigo, contigo, connosco? Não foste só tu vítima da minha auto destruição. Começo a afastar as pessoas que não quero magoar, magoando-as… Faz sentido, não é? Reconheço o padrão de atitudes de outros tempos.
Movimentos centrípetos e centrífugos… Já não era a primeira vez que me apelidavas de centrípeta… Mas é exactamente isso que sou… Numa espiral vou rodando cada vez mais rápido para o seu centro que é onde quero estar. Onde acaba!
Engraçado que me disseste isso na minha segunda visita...
Seja herança química, problema hormonal, distúrbio de personalidade ou, tão simplesmente, assim mesmo, não me poderão curar nunca.
Não esqueço nada! Pagas-me para não esquecer! Extraordinário… Senti a faca a entrar e sorri. Tentas orientar a conversa para uma relação importante da minha vida que se deteriorou e que queres consertar… Pensas que, talvez, assim consigas ir ajudando. Não compreendes que só consegues odiar quem amas. Os outros são indiferentes.
Atirar da janela… Dizias pensativo… Quase ouvi na tua cabeça a associação comigo. Mas mudei de “modus operandi”, Já não será assim.
Ainda não cheguei lá. Ao ponto de felicidade extrema de me ter decidido. Do alívio de, vou fazê-lo. É uma sensação óptima. Carregada de adrenalina pelo medo e alegria porque nunca mais… NUNCA MAIS!!! Mas estou em preparação. Já afastei uns quantos. A principal, essa nem desconfia, o que encaixa no meu plano maravilhosamente.
Aquilo que te fiz levo comigo. Destruí algo bonito e divertido que me manteve viva umas semanas. Nestas coisas de relações humanas existem factores incontornáveis. Entraste na minha vida com um objectivo. Esse mudou. Passaste a ter dois objectivos. Até que me estava a agradar. Mas os dois objectivos colidiam. Agora queres voltar ao objectivo inicial e não consigo. Destruí o segundo e agora não te consigo ver no primeiro.
Os sentimentos não alteraram. Não te vejo como alguém a quem pago. Vejo-te como objecto do meu desejo.
Incontornável é que, depois do mal feito, já não se volta ao mesmo porque as cicatrizes ficaram. E tudo menos do que aquilo que era, não me interessa.
E tu? Concordas?
A saber…
domingo, dezembro 16, 2007
A saber…
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