Acusaram-me há dias de ter uma relação estranha com as palavras. Referiam-se à forma como “pego” numa qualquer palavra ou expressão que me é dirigida e faço dela um melodrama.
Mas esta minha relação ímpar com os vocábulos tem uma razão de ser muito forte. As palavras ferem bem mais que a agressão física. O corpo sara e, com o tempo, a dor provocada pela pancada desvanece. Com as verbalizações cada frase é uma sentença para a vida. As palavras duras e injustas jamais têm cura e as feridas que elas abrem na nossa alma não têm remédio ou analgésico que as amenize…
Ficam buriladas em nós…
Bem sei que a comunicação, verbal ou não, é sempre subjectiva. O modo como recebemos a mensagem varia consoante o nosso estado de espírito, os sentimentos que nutrimos pelo emissor e até pelo ruído. Ou seja, de forma menos académica, ouvimos e interpretamos como queremos… Tão simples quanto isso. Atenção! Não se trata de um querer consciente ou uma “audição selectiva” porque nos interessa. Nada disso. As circunstâncias que rodeiam o acto comunicativo impelem-nos a decifrá-lo duma ou outra forma. Ora ligeira, ora pesada. Ou nos magoa profundamente ou descartamos com uma gargalhada. Daí a importância de reflectir antes de falar.
As palavras têm uma força imparável e um efeito catastrófico se usadas de forma irresponsável.
Pelo menos no que me concerne. Na relação que estabeleci com elas e a importância que lhes dou. São fundamentais para me expressar quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Tenho um imenso respeito pelo léxico de qualquer língua que fale ou escreva. Se elas existem, é por alguma razão e a responsabilidade de as usar convenientemente é nossa.
Vejamos, por exemplo, as ditas “asneiras”. Não, não vou começar a escrever brejeirices ou expressões escatológicas, no entanto, eu considero que as palavras têm o significado que nós lhes damos. Se, por ventura, der uma canelada na esquina da mesa da sala e disser uma valente asneirola alto e bom som, que ouvidos vou ferir? Sejamos adultos. Se a palavra não tiver a conotação ofensiva que mal tem? É, apenas e só, um desabafo… Existem muitas palavras em “bom português” que ao serem emparelhadas de forma a criarem uma frase ofendem muito mais que qualquer referência menos própria a sexo ou movimentos fisiológicos…
Acho o “calão” e as distorções linguísticas muito mais desrespeitosas do que essas palavras que, para bem ou para mal, fazem parte da nossa língua e costumes…
Tirem um momento para reconhecerem o vosso receptor, o que essa pessoa significa para vós e o impacto que aquilo que estão prestes a dizer possa ter no indivíduo
Pensem antes de falar… Eu estou a tentar fazer o mesmo…
Mas esta minha relação ímpar com os vocábulos tem uma razão de ser muito forte. As palavras ferem bem mais que a agressão física. O corpo sara e, com o tempo, a dor provocada pela pancada desvanece. Com as verbalizações cada frase é uma sentença para a vida. As palavras duras e injustas jamais têm cura e as feridas que elas abrem na nossa alma não têm remédio ou analgésico que as amenize…
Ficam buriladas em nós…
Bem sei que a comunicação, verbal ou não, é sempre subjectiva. O modo como recebemos a mensagem varia consoante o nosso estado de espírito, os sentimentos que nutrimos pelo emissor e até pelo ruído. Ou seja, de forma menos académica, ouvimos e interpretamos como queremos… Tão simples quanto isso. Atenção! Não se trata de um querer consciente ou uma “audição selectiva” porque nos interessa. Nada disso. As circunstâncias que rodeiam o acto comunicativo impelem-nos a decifrá-lo duma ou outra forma. Ora ligeira, ora pesada. Ou nos magoa profundamente ou descartamos com uma gargalhada. Daí a importância de reflectir antes de falar.
As palavras têm uma força imparável e um efeito catastrófico se usadas de forma irresponsável.
Pelo menos no que me concerne. Na relação que estabeleci com elas e a importância que lhes dou. São fundamentais para me expressar quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Tenho um imenso respeito pelo léxico de qualquer língua que fale ou escreva. Se elas existem, é por alguma razão e a responsabilidade de as usar convenientemente é nossa.
Vejamos, por exemplo, as ditas “asneiras”. Não, não vou começar a escrever brejeirices ou expressões escatológicas, no entanto, eu considero que as palavras têm o significado que nós lhes damos. Se, por ventura, der uma canelada na esquina da mesa da sala e disser uma valente asneirola alto e bom som, que ouvidos vou ferir? Sejamos adultos. Se a palavra não tiver a conotação ofensiva que mal tem? É, apenas e só, um desabafo… Existem muitas palavras em “bom português” que ao serem emparelhadas de forma a criarem uma frase ofendem muito mais que qualquer referência menos própria a sexo ou movimentos fisiológicos…
Acho o “calão” e as distorções linguísticas muito mais desrespeitosas do que essas palavras que, para bem ou para mal, fazem parte da nossa língua e costumes…
Tirem um momento para reconhecerem o vosso receptor, o que essa pessoa significa para vós e o impacto que aquilo que estão prestes a dizer possa ter no indivíduo
Pensem antes de falar… Eu estou a tentar fazer o mesmo…
1 comentário:
Passei e li este texto, já mais antigo, mas sempre actual, de facto não há nada que mais faça doer do que as palavras ditas com intenção de magoar, de facto as dores físicas custam, mas as palavras ditas de certa forma doem muito mais, é a tal agressão psicológica de quem tanta gente é vítima infelizmente, eu como toda a gente
já sofri as duas mas as das palavras são bem piores
Beijos
BC
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