sábado, abril 19, 2008

Cada coisa a seu tempo…

Assim sendo calarei aquilo que me tem transtornado. Aquilo que me rasgou o coração do peito. Aquilo que me tornou estéril para sempre.
Tiro um a dois dias por semana para me destruir propositadamente. Os restantes dias dão cabo de mim sem que eu tenha responsabilidade nisso.
Ando há umas largas semanas a sentir-me perdida. Completamente desamparada.
Uma sucessão de acontecimentos levou-me a aterrar com a cara no chão com tal força que, por mais que os que gostam de mim me tentem levantar, não conseguem. Sentam-se à minha volta a olhar para mim. Eu indefesa e eles impotentes perante a queda que dei. Sabem que se tocarem em mim da forma errada podem matar-me e, por isso, resignam-se a olhar-me de olhos lacrimantes na esperança que esta seja só mais uma queda e não a derradeira. Sentem pena de mim… Sentimento vil guardado apenas aos pobres de espírito.
O pai dos meus filhos não o será nem agora nem nunca. As crianças que queria criar com tanto amor são apenas utopias. Sonhos de quem pensou ter essa capacidade em tempos.
Sinto o fim próximo. Quando e como não sei. Mas pressinto que tudo acabará. Logo se verá o contorno da coisa.
Cada coisa a seu tempo…

1 comentário:

BC disse...

Renard!
Fico triste ao ler essas palavras de desalento, não sei exactamente o que se passa, mas pelo que leio
posso seguir por muitos caminhos, ou são só palavras!
Sabes que eu desde o princípio que disse que estaria contigo, tenho filhos como sabes e quero o melhor para eles e não gosto de sentir que alguém se está a destruir de qualquer forma, isso assusta-me
Por favor desabafa, eu oiço-te
beijinhos