terça-feira, setembro 30, 2008

ESCREVA-SE O FUTURO EM MAIÚSCULA

que os dias e instantes que aí vêm o merecem e são coisa de todos nós. O presente, esse não existe e mais não é que um artefacto da contemplação do passado.

No meu tempo é que era, dizem os incautos, iludidos que vivem na memória de uma idade que foi, esquecidos que são de viver amanhã, esse instante que se constrói em cada pequeno gesto do quotidiano.

Há dias, cidade fora, passeava-se uma anciã de cabelos de prata, curva dos anos, chita florida a cobrir-lhe o tronco, resplandecente de passado com saia vermelha tingida a sangue, achinelados os pés a pisar uma terra que ainda é sua. Pela mão passeava um daqueles desusados carrinhos de compras prenhe de objectos mil, inúteis e entesourados. Entoava uma ladainha onde se confundiam preces a um deus e humanas imprecações, impiedosa e brutal no seu dizer da zanga contra os demais, justa apreciação que da sua alma fizeram lama. Caminhava e caminhava e caminhava para lugar nenhum, rodopio próprio de quem teme que a inacção antecipe a morte. Fiquei para ali um tempo, desatento das costumadas conversas, deslumbrado por aquela Harpia que visitava a cidade em busca de uma alma que lhe devolvesse essoutra sua há muito perdida.

Em volta havia jovens, muitos, a gozar o sol e a vida como lhes é devido, ruidosos numa felicidade costumeira e que dava ainda mais brilho ao dia. Senti-me ponte e passagem, passado e futuro, ser e transformação, que amanhã não deveria ser mais possível haver gente perdida assim da vida e de si. Senti-me confiante, também, que tenho para mim haver entre as mulheres e homens de amanhã gente capaz do discernimento de recusar a herança de uma sociedade que lhes deixamos, honesta no desejo de uma civilização melhor, mais justa e solidária. Porque quero crer que os jovens de hoje são gente maiúscula e muitas são as vezes em que me surpreendem pelo entendimento do que os rodeia, críticos e intempestivos, com soluções utópicas que os fazem sonhar mas que transformam cada pequeno gesto na saga de um futuro que lhes pertence por direito próprio.


João Lázaro
Psicólogo Clínico Director Artístico do TE-ATO

segunda-feira, setembro 29, 2008

Words don't come easily

Há cães com sorte

Referindo-me à imagem que juntei ao meu anterior post, parece que sou uma “cadela” com sorte.
Afinal a mão que me foi dada não foi tão má quanto isso e até estou a jogar bem…
Isto para vos dizer que podem contar com a minha presença e a do Gigante este fim-de-semana. Por isso, preparem os corpinhos para aquele abraço.
Beijocas lindas!

sexta-feira, setembro 26, 2008

Póquer

É exasperante nos mudarem as premissas da vida constantemente. A serenidade que, finalmente, tinha encontrado foi abalada até à raiz e começo, novamente, a tentar jogar com outras cartas nas mãos.Dêem-me tempo e espaço para respirar caramba! Já lá vão 12 anos a jogar e raras foram as vezes que me saiu uma mão vencedora. Trunfos? Escassos. Palha? Muita. Vontade de jogar? Por vezes algumas, na maioria pouca ou nenhuma.Já fui uma jogadora extraordinária. Vivia de riscos e “bluffs” muito bem conseguidos. Mas agora, todos vêem as cartas que tenho nas mãos e antecipam a minha jogada.Vivo eternamente com o jogo condicionado pelas jogadas de outros. Não gosto!
Amigos tribais, não tenho como explicar aquilo que se passa noutras palavras que não por este eufemismo. Alguns entenderão e outros especularão.Isto para vos dizer que gosto muito de todos e que durante uma semana ou talvez mais não poderei escrever no blog ou sequer visitar os vossos espaços mágicos. Mesmo e-mails e telefonemas serão complicados de serem respondidos. A minha presença na reunião fica condicionada ao desenrolar desta próxima semana. Avisarei atempadamente se estarei em condições de me encontrar convosco.
Beijos e Abraços (daqueles que a Blue Velvet gosta) tribais

terça-feira, setembro 23, 2008

Estou Além…

Apanhada pela alegria e ânimo geral à minha volta acabei por descurar uma pessoa importante e, agora que a escutei, a felicidade titubeia juntamente com a minha determinação.

Do que é feito da adolescente que conheci em tempos?Era uma miúda com uma vontade de ferro. Ia ao tapete e levantava-se com cada vez mais força. Como a admirava e como sinto falta do seu alento…

Será a mesma pessoa? À primeira dificuldade quer logo desistir e cansa-se de estar sempre errada. Cansa-se… Não está cansada mas, sim, desfeita com a desilusão de ter descoberto que, afinal, não passa do fruto daquilo que os outros pensam e dizem sobre ela.

Os obstáculos a ultrapassar são muitos e, sabe que, cada vez serão maiores e mais abundantes, contudo não quer estes desafios. Anseia por esconder-se debaixo do edredão e imaginar-se no deserto. Passada a tempestade de areia, encontrarão apenas os ossos carcomidos pelo tempo.
Segredou-me que se sente prisioneira da canção “Estou Além” do Variações e a melodia surgiu-me na cabeça… Ela sempre teve jeito em pôr as coisas duma forma diferente e engraçada.

Tenho de dar a mão à palmatória… Percebi nesse instante o ponto exacto onde se encontra…
Já lá esteve antes. Embora aquilo que a arrasa desta vez ser diferente no conteúdo, tem continuamente a mesma forma: DOR. Sempre as dores… De consciência; de abandono; de confusão; de coração; de corpo; de desilusão; de pressão… Depressão… Por favor, outra vez não…

Vive nos sonhos… Sonha com aquilo que deixou passar. Com aquilo que, por vontade própria, não teve coragem de viver…

Realmente, está além….

quinta-feira, setembro 18, 2008

Prémio Dardos

Minhas lindas Teresa e Utopias:


Obrigada por este prémio. Tentarei honrá-lo melhorando o meu blog e tentando trazer cada vez mais textos interessantes e informativos.
Não vou nomear blogs porque estou com pouco tempo. Mas para um grande OBRIGADA às duas, tive de arranjar um bocadinho. :)

Beijos e abraços tribais

terça-feira, setembro 16, 2008

O encontro

Pois é, também eu vou escrever sobre o meu encontro com a Fadinha, a Fátima, a Blue Velvet e a Girafa Cor-de-rosa.
Uma tarde agradável de verão com uma leve brisa que arrefecia o ar.
Horas antes de me dirigir para o concerto da Madonna, fui encontrar-me com esta variedade de "seres". Um pouco apreensiva a princípio.
Há que entender que a aceitação é, ainda, muito importante para mim e receava que não gostassem de mim. Via blogs já tinha feito o meu "apprivoiser" com cada uma delas e podia se dar o caso de desiludir alguém. Além disso, sou novita em relação à maioria das minhas amizades virtuais e tenho sempre medo de ser inconveniente... Característica que me é inata, infelizmente...
Não sei se foi o caso, no entanto todas foram ao encontro das minhas "certezas" de blogger. Quando lemos alguém um certo período de tempo, temos a capacidade de projectar as palavras que lemos para determinado tipo de personalidade e vida que existe, naquele momento, apenas na nossa imaginação. E não falhei por muito...
A Fátima já conhecia e todos já sabem que a adoro. Mas se alguém tem dúvidas: ADORO-TE MIGA!
A Fadinha é, tal como já me tinha dito, uma verdadeira Fadinha que fala sem filtros e medos sobre aquilo que muitos nem querem pensar, quanto mais verbalizar! Grande mulher a Fadinha. Tão querida, mas tão querida que só dá vontade de abraçar!
A girafa cor-de-rosa era a mais caladinha e ponderada do grupo. Com um olhar terno e uma bondade vincada, esteve silenciosa mas nunca pareceu ausente.
A Blue Velvet é uma Lady! Verdadeiramente culta, como aliás são todas, com um sentido de humor acutilante e divertido. Uma querida que fala das suas histórias, que a nós nos deixa boquiabertas, com uma modéstia real e uma postura muito terra a terra.
Caso as meninas tenham ficado a pensar, o meu Gigante gostou muito da tarde e, não, não apanhou uma seca. Gostou das conhecer a todas e achou piada aos assuntos que debatemos durante aquelas horas que passaram num ápice.
O concerto foi um estrondo e dancei as duas horas do espectáculo. A Sra. D. Madonna, consegue fazer-nos esquecer os "desafinanços" dela com o "barulho das luzes"... Se é que me faço entender... Hehehe
E pronto, não tenho tempo para mais. Comecei a trabalhar hoje - para o meu pai - e estou cansada por falta de hábito. Além disso, o tempo agora vai ser muito mais apertado para me dedicar ao meu blog e aos meus amigos do mundo virtual.
Mas faz-me bem... Pode ser que seja agora que me "faça mulher"!
Não estão esquecidas as respostas que ainda tenho de comentar nos vários blogs. Mas vou fazendo aos poucos... Tenham paciência com a miúda...
Beijos a todos/as.

sexta-feira, setembro 12, 2008

"Ser Solidário até à Medula"

Pela primeira vez desde que escrevo no blog, vou colocar aqui um texto integral duma pessoa que adoro como a poucos.
Trata-se do meu "life coach" (treinador de vida).
O João foi quem me incentivou a escrever e é, também, um dos grandes responsáveis pela minha nova forma de ver e viver a vida.
Além disso, é a pessoa que mais gosto de ler e que mais admiro. Quando acabarem de ler o texto que coloco abaixo, perceberão porquê.
Trata-se de um texto de incentivo para consciencializar as pessoas a doarem medula.
Se houve uma coisa que aprendi muito nova é que : as coisas NÃO acontecem só aos outros. Se não for pela simples razão de poder estar a salvar uma vida, doem a pensar que pode um dia ser necessário para nós próprios ou alguém que amamos.
Dêem porque não dói mesmo nada. Agora é só tirar um pouco de sangue e já está!
E concordo com o João quando diz que:
"Ser solidário não é uma escolha, é um imperativo moral.

Ao tempo em que vivermos o hedonismo tornou-se lei primeira e muitas são as vezes em que ignoramos e descremos do sofrimento alheio, como se o não ver, não ouvir, não ler, apagasse de modo definitivo a mancha incompreensível de um estado que nos perturba o prazer.

A solidariedade surge, assim, não como uma atitude de oposição a um modo de vida que muitos entendem como de livre escolha para conduzir a sua existência e como tal legitimada, mas como uma alternativa de pensamento e conduta que outros sujeitam ao juízo dos seus pares no mundo e no tempo.

Ser solidário hoje é um imperativo moral porquanto a arrumação do mundo se inverteu e o Homem, amiúde, parece ter deixado de sentir a necessidade de ser intrinsecamente bom, genuinamente justo. A solidariedade é mais um argumento possível de esgrimir na busca de um antropocentrismo que vise considerar a teia do humanamente entendido como epicentro no entendimento das relações para uma ética de vida.

Estou nesta campanha por imperativo moral, porque quero continuar a acreditar que os pequenos gestos de cada um são contributo indelével para a credibilidade da Humanidade tal como nos foi legada e nos permitiu chegar aqui."

João Lázaro
Psicólogo Clínico Director Artístico do TE-ATO

quinta-feira, setembro 11, 2008

Prémio Oferecido pela minha Linda Fátima

AH! O meu primeiro prémio! Que orgulho! E, claro, tinha de ser a minha Fátima a oferecer-mo! É uma querida! Deixem-me limpar a baba... :)

Vamos então à parte dos procedimentos habituais que vou lendo no blog da Fátima porque não sei bem como se faz... Miúdos!!!
Foi então o blog Revisitar a Educação que tão simpaticamente me premiou.
Não ache que mereça ser considerada brilhante porque o meu blog não ensina nada, não faz o mundo um sítio melhor nem contém textos de alta qualidade. É só um sítio onde gosto de estar e conversar com os meus amigos. :)
Vamos então às nomeações... Os critérios vão ser diferentes dos da Fátima. Vou premiar com o coração. Os blogs que mais mexem comigo e as pessoas com quem tenho laços mais fortes.
Aos demais, desculpem. Também, em bom tempo, farão parte desta lista.
Obrigada Fátima!

quarta-feira, setembro 10, 2008

Te-ato - O teatro que te ata!

Hoje venho dar-vos a conhecer um grupo com o qual colaboro.
Não raras vezes se fala de cultura, ou melhor, a falta da mesma nos blogs que vou lendo. E tenho de concordar.
A cultura é vista como um acessório que as classes altas usam quando está na moda. Se tal peça de teatro está na moda, lá se aperaltam a senhoras e os senhores para irem apreciar uma noite no Teatro. Mesmo que não entendam o mínimo daquilo que se passou, estiveram lá e é isso que é "chique" e "in".
Aqui em Leiria a cultura é praticamente inexistente e a pouca que há mal sobrevive à falta de interesse geral pelas artes, seja ela qual for.
Mas existe um grupo de Teatro aqui em Leiria que há trinta e um anos encena peças desde os clássicos a peças escritas por dramaturgos conhecidos do nosso país. Não só apoiam a formação contínua dos que querem ser actores como incentivam, divulgam e levam à cena jovens e perfeitos desconhecidos dramaturgos. Foi devido a este grupo de Teatro que ganhei o gosto pela arte que repudiava como sendo "uma seca". No entanto, naquela sala já ri e chorei. Já passei semanas a pensar na peça que vi e nas mensagens subliminares que estavam por trás dos gestos e palavras dos actores e actrizes.Por isso, procurem lá nas vossas gavetas, abram a pasta onde guardam os escritos, falem com aquele familiar ou amigo que até escreve peças engraçadas mas nunca as encenou e enviem pelo site: http://teatroleiria.com.sapo.pt/
Além disso, as peças são realmente boas e se quiserem cá vir assistir, tenho todo o gosto em acompanhar-vos.
Para os professores, existem peças dirigidas à Infância e Juventude, com um sentido pedagógico que visa a criação de novos e futuros públicos. Se quiserem trazer cá os vossos meninos e adolescentes e jovens são bem vindos!Os contactos necessários estão no site.
E pronto, tenho dito!Dêem uma vista de olhos ao site.
O símbolo do grupo ficará, também, no lado esquerdo do meu blog. É só clicarem para entrar.

terça-feira, setembro 09, 2008

Dói-me a Alma!

Tem vindo a crescer em mim uma sensação suspeita de ter perdido importantes amigos "virtuais".
Não consigo encontrar uma razão em mim para o silêncio com que sou presenteada por parte de pessoas que já fazem parte da minha "mesa" na toca. Afinal de contas, o mesa de refeições é o sítio mais importante da casa. É aí, nesse sítio de comunhão, que em mesa redonda se discutem as questões mais pertinentes da sociedade a que pertencemos e, também, onde partilhamos os pequenos nadas - a espuma dos dias - com aqueles que mais estimamos.
Sinto-me, em algumas casas virtuais, uma "persona non grata" ou um pária sem perceber o porquê da ausência de "feedback".
Podia, em toda a verdade, perguntar directamente a razão de tal "castigo". Mas remeter-me-ei ao silêncio. Na consciência não me pesa numa acção inoportuna ou palavra ofensiva. No coração os sentimentos continuam iguais e sem mácula. Por isso, se errei sem saber, pelo menos poder-me-ia ser dado uma oportunidade de me explicar ou desculpar.
Mas a alma... Essa dói-me...

domingo, setembro 07, 2008

A Vós!

Minha linda Tribo:

São todas tão queridas! Adoro-vos! Obrigada pelo apoio. Limitei-me, apenas e só, a dizer a verdade... É essa a postura que quero ter perante a vida e manter-me nesta, recentemente encontrada, serenidade.
Não vou responder à Sra Dra Mariz. O que tinha a dizer, está dito!
Passei o fim-de-semana sem escrever porque estive a...... NAMORAR!!!! É isso minhas amigas! Já não sou um moçoila solteira! Foi um fim-de -semana de diversão com amigos e com o meu namorado... o Gigante. :)
No entanto, deixo uma imagem que acho que esclarecerá os sentimentos que tenho em relação ao tamanho dos que da NATA pertencem e da qual me excluo...
:) :) :) :)

Um Beijo do tamanho dos afectos desta Tribo da qual tenho ORGULHO de pertencer!!!!

sexta-feira, setembro 05, 2008

Direito a Resposta

Exma Sra Dra Mariz:

Por ser uma pessoa de tanta importância social, a minha resposta vai em forma de post. Um comentário seria, no mínimo, abaixo do seu nível.

Minha Senhora, que canseira!
Só o trabalho que tive a ler os seus comentários de proporções épicas deixaram-me cansada para qualquer outro assunto que tivesse para resolver. Por outro lado, ajudaram no meu problema crónico de insónias.
Antes de mais, sempre disse que velhos são os trapos, mas cada um vê-se como quer. Live and let live!
Tenho de lhe dar toda a razão: Não gosto de mim. Nunca escondi isso e é algo bem patente nos meus textos. Acho que me falta muita maturidade e experiência vivencial para me tornar uma pessoa melhor. Assim sendo, e porque não temo pedir ajuda, tenho tido aconselhamento psicológico que me tem feito imensamente bem.
Longe de ter sido um prodígio na minha vida, aos 5 anos o meu maior orgulho era conseguir atar as sapatilhas sozinha.
Sou um ser humano totalmente igual aos meus pares. Não sou bonita, virtuosa ou especial. Apenas e só, um exemplar típico de homo sapiens sapiens do sexo feminino.
Do berço, contam-me que tentava fugir dele para explorar o mundo. Valores, foram-me incutidos ao longo da infância pelos meus pais.
Faltei-lhe à verdade! Sou privilegiada! Sabe porquê? Por ter uma família maravilhosa que me apoia e amigos que amo e que gostam de mim, não obstante as minhas falhas como ser humano.
Se estou ligada à cultura e quanto à minha formação académica, acho que não é da sua conta simplesmente porque não simpatizo consigo, por isso, abstenho-me de partilhar quem sou. Especule à sua vontade. Não me incomoda.
Quanto ao ser "brejeira" e escatológica quando me disponho a brincar, é algo que não me preocupa ou àqueles de quem gosto. Se se sente incomodada, faça-se o favor de não ler.
Se aquilo que é e que sente só a si lhe diz respeito, faça-me o favor de, então, mantê-lo para si e fora do meu blog porque, verdadeiramente, não me interessa.
Quanto ao meu "faux-pas" ao ser redundante naquilo que lhe deixei escrito, trata-se apenas de mais um erro totalmente humano. Peço desculpa por tê-la feito ler a mesma expressão duas vezes e se isso a baralhou.
Se no seu blog se concentra uma certa NATA de pessoas, como diz, escuso-me de voltar a ler ou comentar nele. Não gosto de natas. Provoca-me naúseas...
Quanto à sua piada com o meu nick: "a menina estará a ... RENAR(D) comigo", foi duma inteligência e sentido de oportunidade cómica que ri até as lágrimas e ainda tenho os abdominais doridos das gargalhadas que dei perante um gracejo tão inspirado.
Quanto à sua explicação extensa - que agradeço porque, por vezes, sou um pouco lenta de compreensão - sobre o conceito da escrita ser uma arte, concordo consigo. No entanto se adulterarmos uma citação, devemos - cordialmente - apontar esse facto. Mas quem sou eu para apontar qualquer erro a tão ilustre figura a quem tantas palmas foram já batidas.
Realmente a minha escrita não tem nada de especial. Nunca tive pretensão que tivesse. Nunca me apelidei de artista ou escritora.
Como diz, com a idade pode ser que melhore. Ou talvez não. Não me preocupa. Faço-o porque gosto.
Contudo, se a fraca qualidade da minha escrita a incomoda, aconselho-a, novamente, a não ler...
Quanto ao seu post que me acusa inúmeras vezes de não ter lido, tem razão. Não li. Nem me interessa ler o que quer que seja que a Sra Dra. Mariz escreva. Repito: não gosto de si, da forma como se descreve e, ainda, da sua escrita com ou sem teclado avariado. Considero-a uma pessoa tóxica da qual só quero uma coisa: distância.
Quando repetiu a graçola da "RENAR(D) comigo" foi a apoteose! Não aguentei e rebolei no chão de tanto riso...
Devia experimentar "stand-up comedy"... Virtuosa como é, de certeza que se sairia maravilhosamente.
Não preciso dos aplausos de ninguém. Como lhe disse, vivo cada vez melhor com a minha simplicidade e humanidade. Com os meus muitos defeitos e algumas qualidades.
Quanto à sua opinião sobre o "sapo cruxificado", é-me completamente indiferente. "To each his own"...
Se sou feliz? Não é da sua conta. Essa resposta guardo-a para quem me é querido.
Não me trate por colega, menina, "futura mulher" ou qualquer outra expressão que poderia dar a ilusão que me conhece. Não me conhece de todo. Se tiver mesmo de ser, trate-me pelo meu nick. De preferência, não se dirija a mim novamente. Concordemos em discordar e a Sra Dra fica no seu mundo de NATA e eu no meu de plebeia. Certo?

A cordialidade e o respeito são coisas que se ganham. Não tenho obrigação de os usar ou sentir por si só porque é mais velha do que eu.

ADIEU

quarta-feira, setembro 03, 2008

Não estás bem?

Quando era inconveniente ou falava demais, uma amiga minha costumava me dizer:
- Não deves estar bem… Deves querer pôr-te mal!
Logo ali calava-me e, envergonhada, reduzia-me à minha insignificância…

Ultimamente sinto-me bem. Pelo menos melhor do que o meu normal. Mas parece que procuro razões para me sentir mal. Confundo-me com assuntos que tinha dado já por encerrados. Questiono-me se estou a boicotar a minha vida para que, os que me querem bem, não consigam cá entrar.
Será que fui infeliz tanto tempo que não saiba como reagir a bons sentimentos?
Será que aquilo que tanto pedi ser-me apresentado numa bandeja sem luta ou resistências me repugne ou assuste? Será assim tão fácil?
Há anos que não sei o que é não estar a lutar por alguma coisa. Ora pelo namoro, ora pela saúde, ora pelos meus pais, ora pelos amigos, ora por um trabalho…

Hoje a minha mãe disse-me uma coisa que me deixou, no mínimo, boquiaberta. Estava a confidenciar-lhe que a ideia de namoro me causa uma ansiedade tremenda e, mesmo que na prática seja isso que estou a fazer, a “etiqueta” faz-me uma diferença imensa.
E ela, mui singelamente responde:
- Ah, agora compreendo porque te interessaste tanto pela tua última paixão! Não havia hipótese de namoro…
Fiquei pasmada! É isso! A última pessoa por quem me apaixonei disse-me logo que nunca poderia haver namoro. Isso, de algum modo, pode ter incrementado o meu interesse porque o investimento emocional é infinitamente mais pequeno. Assim como, a dor que surge quando a relação acaba.
Isto não quer dizer que não tenha amado a pessoa em questão. Amei e amo, mas, na altura, podia fazê-lo sabendo que o que quer que saísse dali nunca me ia comprometer…
Esse sentimento floresceu num amor sem romance ou luxúria. Um amor como se de família se tratasse.

Respondendo à minha amiga:
- Estou bem… E, não amiga, não me quero pôr mal!

terça-feira, setembro 02, 2008

Pics PortAventura



Não sei quem é Sr. que está ao meu lado... Vêem, estou a fazer Lamaze! Uf, uf, uuuuffff



Admito, estava cagada de medo (desculpem os escatológico mas estava mesmo)!



A minha cara de pânico deve-se ao facto de ser a única que está a ver a descida que nos espera!

The Three Amigos do Barcelona – Part 4

A saga continua… Já parece o Rocky!

No quarto dia fomos ao PortAventura. Fica nos Arredores de Barcelona por isso tivemos de apanhar o comboio e demoramos uns 40 minutos a chegar.
Para quem não sabe do que se trata, é uma espécie de Euro Disney. Ou seja, um Parque Temático.
Parecíamos três crianças… Olhos esbugalhados a olhar à volta a tentar entender no mapa onde ficavam as diversões com mais adrenalina.
No passado, eu já tinha tido o prazer de ir ao Euro Disney algumas vezes e já estou habituada a estas andanças. Os meus companheiros, por outro lado, estavam assim como que, “apreensivos” mas cheios de coragem para experimentar as sensações que lhes descrevi.
A primeira atracção a que nos dirigimos foi mesmo uma das mais faladas do parque. O “Furious Bacco”. Esta atracção em particular vai dos 0 aos 135km/h em 3.5 segundos. A espera foi longa e o Parque tinha aberto há meia hora. Esperamos 1h30m… Mas a gestão de filas nestes locais é feita com imensa inteligência porque nunca estamos parados. As filas estão feitas de forma a que estejamos sempre a dar passinho à frente dando a sensação de proximidade quando, na realidade, andamos às voltas no mesmo sítio. Enfim… Resulta…
Finalmente fomos andar. Os carros pareciam-se com 4 barris suspensos ao lado dum monocarril. Sim, estávamos com as pernas suspensas…
Como os meninos nunca tinham andado em nada do género, ofereci-me para ir sozinha para eles poderem dar as mãos um ao outro… Hehe…
Até para mim aquilo foi de uma violência insustentável. Nem tive tempo de gritar! Disparou e quando acabou estava a ver estrelinhas… HEHE… Devia estar quase a perder os sentidos… Que fixe! A força centrifuga daquilo deve ser, por milésimos de segundo, muito forte e eu, que sou feita de caca, ia perdendo os sentidos. Mas a sensação foi extraordinária.
Bem, como o meu Gigante diz : o alemão está a fazer das suas e mal me lembro das coisas onde andamos… (Ah, o alemão é o Alzheimer).
Por isso vou só relatar aqueles que me lembro. Andamos numa montanha russa em que tinha uma altura considerável e uns loopings e corkscrews de meter respeito. Aí gritei como se estivesse com dores de parto! Aliás, numa das fotos estou com cara de que está a fazer Lamaze para preparação de parto…
Fomos largados a 100m do chão numa diversão chamada “Hurricane Condor” (Acho que é isso…). Digamos que quando o meu cérebro percebeu e me transmitiu a informação de que estava a cair e ia morrer, aquilo parou… Compreensão lenta!
Deixamos aqueles nos iriam molhar para o fim… Espertos… Já era fim de tarde e andamos num em que todos saíam secos e nós saímos encharcados que nem uns pintos… Escusado será dizer que os rapazes acharam divertido estar a molharem-se um ao outro e a mim… Eu não tive nada a ver com isso! E ai deles que digam que até fui eu que comecei. Calúnias!!! HEHE
O último foi o Tutuki ou Tatiki ou Tokoti ou o raio que o parta Splash. Nunca consegui lembrar-me do nome. Esse sim tinha uma descida a pique. No fim esperava-nos uma valente banhoca…
Escusado será dizer que rapei um frio do caraças até casa. O que vale é que enquanto eu tremia, o Gigante aquecia-me… Molhei o banco todo do comboio… Quem entrasse a seguir podia perfeitamente pensar que eu sou incontinente. Premonição do que aconteceria nessa noite?! Hum…
À noite fomos para as Ramblas. Decidimos comer um Waffle (Gofre). Comi com gosto o meu. Saímos da gelataria e, dois passos depois, senti uma sensação estranha a nível da zona intestinal e uma dor muito característica de quem tem de se dirigir ao WC ASAP.
As senhoras perceberão melhor que os senhores. Quando viajo, os meus intestinos fazem férias também. Recusam-se determinantemente a purgar os males que neles vão acumulando.
Enfim, não sei se foi do Waffle estar quente mas abriram-se as comportas e foi ver-me a correr Rambla acima a caminho de casa. Tinha de me despachar sob pena de começar ali, naquele momento, um ataque biológico sobre a população basca que podia, enganosamente, ser confundida com uma ataque da ETA …
Ok, eu sei.. Too much information… Mas teve piada.

Stay tuned for the next episode of The Three Amigos do Barcelona…

segunda-feira, setembro 01, 2008

Fotos dia 3



Não digam que não merecia uns cobres pela actuação...



Com a guitarra a bocejar é claro que ninguém gostou do meu empenho!



Passo a explicar: Eu estou na posição de sol e o Timon está em posição de carangueijo. Porquê? Porque somos parvos todos os dias!!!! LOL



A única peça decente nos dois museus visitados neste dia... Ainda por cima, nos museus porto-me bem! Sim, porque eu sou uma menina bem comportada.... HeHe

The Three Amigos do Spain – part III

Mais uma etapa da epopeia luso-espanhola…

Saímos de casa e fomos até onde? O metro, claro… Muito andamos nós de metro… E por isso, nos momentos de espera tinha de fazer alguma coisa… Reparem nas fotos deste dia…
Portanto, no terceiro dia, pegamos nos nossos ARTICKETS (entrada em 7 museus por 20€) e fomos até à Fundació Antoni Tàpies … Na verdade, a única coisa que vimos foram as lonas que tapavam o edifício que estava em obras!!!! GGGRRRRR….
Assim sendo, fomos ao MACBA (Museu d'Art Contemporani de Barcelona) e o CCCB (Centre de Cultura Contemporània de Barcelona). Pronto, agora vou ser muito provincial e muito pouco chique, mas traços em telas, televisões a passar as mesmas imagens incessantemente, objectos pendurados no tecto a reflectir sombras, etc. não faz muito o meu género. Concordo com o Tanaceia que me diz que há uma crise de inspiração e novidade na arte contemporânea. Orgulho-me em ser uma pessoa de mente aberta e vou às exposições que houver, mas não sou hipócrita ao ponto de dizer que gostei ou entendi a arte destes dois museus. Não me disse nada. Rien de rien…Temos pena…
Depois fomos até à praia para dar umas braçadas e dormir a sesta… Pelo menos no meu caso… Oh, sabia tão bem….
À noite nem vão adivinhar por onde andamos… Pelas Ramblas! Verdade! LOL
Pronto não foi o dia mais divertido mas foi o mais pseudo – cultural…
Aguardem por cenas do próximo episódio…