quarta-feira, julho 30, 2008

domingo, julho 27, 2008

À Minha Tribo:

Amigos! Então?!

Olhem, hoje andei aqui a fazer a minha ronda dos blogs e deparei-me com um clima de dor e tristeza tal que mais parece uma associação de "carpideiras" do que uma Tribo de Afectos.
Mas a culpa foi minha. Eu sei. Peço imensa desculpa, mas quando postei o texto sobre os nossos "direitos e obrigações tribais" esqueci-me duma parte.
Vamos então a isso:
Meus lindos, mas quem vos disse que o afecto sabe sempre bem? Porque pensam que, o bem das pessoas que estimamos na Tribo é, obrigatoriamente, o nosso bem também?
Vejam bem. É nossa OBRIGAÇÃO querer a felicidade dos membros acima de tudo o resto! Fiquem felizes pela nossa maravilhosa Poetisa!
Vai levantar voo! Vai expandir as asas e cruzar os ceús! Se a quiserem ver, basta olharem para cima que lá estará ela a sobrevoar-nos sempre, mas sempre, a olhar por nós!
Claro que me parte o coração não ter os sorrisos da minha LINDA BC todos os dias. Mas enche-me o peito de orgulho que ela planeie outros rumos. E lembrem-se um dia poderemos ser nós a sentir a necessidade de mudar de horizontes. Isso não quer dizer que não nos levemos uns aos outros no coração....
Tal como disse à minha Teresinha, a raposa ficou muito triste quando o Principezinho teve de se despedir. Mas entendeu que tinha de o deixar ir porque havia uma rosa lá no planeta dele que precisava de cuidados.
As rosas da Isabel precisam dela e lembrem-se que os nossos laços já foram firmados a "ferro e fogo". Nada os quebrará!
Por mim, aqui deixo a minha ovação à Isabel pela coragem de se "desprender" e aventurar-se noutros voos...

Tudo de bom minha AMIGA!!!

sexta-feira, julho 25, 2008

Nunca um Adieu mas sim um Au Revoir

Tal como o mar que tanto gosta, estas minhas palavras tem sabor a sal, BC.
Foi a primeira a notar a existência desta raposazinha triste e solitária.

Entrou na minha vida e encheu-me a "toca" de afectos e pessoas maravilhosas...
A sua bondade extrema levou-me a fazer viagens por mundos imaginários feitos de sorrisos, lágrimas e felicidade

Deu-me tantos amigos verdadeiros
Fez-me sentir parte integrante duma Tribo de Afectos
Deu-me a honra de ler tantos, mas tantos poemas
Mas a maior honra de todas, foi dar-me a sua amizade

"Apresentou-me" o seu pai
Que mesmo não conhecendo
Admiro com todo o meu ser
E parece que já conheço a sua família...

Voe BC...
Voe para lugares mais altos!
Voe com as suas gaivotas tendo a Sorriso Sempre consigo
Mas lembre-se que cada vez que voltar ao ninho, aqui a raposa estará à sua espera.

Sinto que perco uma parte de mim...
Perco a BC...
Isso dói-me
Mas consola-me o ter sempre a Isabel

:)

Um abraço do tamanho do mundo minha querida amiga

quinta-feira, julho 24, 2008

A Gárgula

Outrora um anjo que vagueava pelos Céus e pela Terra, a Gárgula vencida pela maldade humana tornou-se uma figura de pedra.
Protegendo-se da dor daqueles que estimava e a desiludiram, posicionou-se no topo da Abadia. O seu território... De mais ninguém! Onde, só ali, se sentia segura.
Olha as pessoas da cidade lamentando as acções maliciosas e a dor que paira sobre os seus habitantes.
No entanto, saudosamente lembra-se daqueles que amou, há muito desaparecidos.
Protege a sua Abadia e aqueles que nela entram. Vícios do passado....
Adoptou uma aparência assustadora e uma localização inatingível para afastar o mal. Mas, o bem também ficou ao longe e, por vezes, a Gárgula sente-se sozinha e desamparada.
Ditou a sorte que tivesse encontrado uma Gárgula de construção mais recente com quem, de vez em quando, conversa e troca histórias...
E assim vive a Gárgula. Anjo disfarçado, passando os séculos a observar a vida mas, sempre, com medo de voltar a vivê-la...

quarta-feira, julho 23, 2008

Fotografias - Parte 2



O esquilo do St. James Park



Gosto tanto deste senhor que lhe fiz uma palpação à tiróide!!!!



Tive uma vontade imensa de ir ali com a mão... Hum... Porque será?


O meu Pavarotti... Uma perca insubstituível!



Este Hitchcock acha que tem piada... Empurra-me assim...



O Shrek... Até nem cheira tão mal como dão a entender nos filmes.



Monstros verdes... A mim a inveja não me apanha!



Sei que tinha idade para ser meu avô... Mas até que fazemos bom par!


O Robin Williams a pedir-me em namoro... Depois destes anos todos, finalmente fê-lo...



John Travolta e Samuel L. Jackson. Eu num momento de Saturday Night Fever



Eu e a Jessica. Sim, aquilo nos meus olhos são olheiras!

Renard does London part II

Pois é, cá estou para continuar a minha saga... Já vi os meus episódios d'Os Tudores. Meninas estejam atentas ao Duque de Suffolk... Que homem!

Depois da Graduação fomos até Ashtead, onde moram uns amigos da família e onde eu e os meus pais estavamos a ficar, para um churrasco à sul-africana. Que saudades! Foi muito bom. O casal tem duas filhas: a Jessica de 4 anos e a Shawna de 2. Claro está que, até à hora do jantar, estive no jardim a brincar com as miúdas e fiquei ainda mais cansada. Mas é um cansaço bom...

No 3º dia fui directamente para a Madame Tussauds. Aqui sim pude extravazar as minhas parvoíces todas. Acabei por pôr os outros vistantes a rirem-se das minhas poses. Devia ser assim uma coisa rápida mas a nossa máquina fotográfica demora eternidades a tirar as fotos e fiquei a fazer as figuras, que verão nas fotos acima, por muito tempo.
Depois do museu de cera fomos até Picadilly onde vi, também, o Trocadero. O meu irmão tinha-me dito que havia uma livraria perto de Picadilly com 4 andares e que se chamava Waterstones. Sendo que este lugar nos pareceu o céu na Terra, a minha mãe e eu não nos poupamos a esforços e dores nas pernas e pés até encontrarmos esta preciosidade. Demoramos uma hora a dar voltas até que, como uma aparição, vejo um sinal enorme a dizer Waterstones... Entramos e soaram as trombetas dos anjos...
Digamos que depois de uma boa hora lá, voltamos com uns quantos sacos de livros... Afinal de contas, são bastante mais baratos que em Portugal.
Depois encaminhamo-nos para Trafalgar Square para dizermos um olá ao Lord Nelson. Lá estava ele, imponente no seu cavalo e, atrás dele, o National Gallery. Infelizmente, não tendo muito tempo decidi não visitar museus porque ocupam umas boas horas que não tinha... :(
A próxima visita será só museus e musicais...
O passo seguinte foi ir ao South African House que fica em Trafalgar e, nas redondezas, encontrar uma pequena loja que vende artigos feitos na África do Sul. As guloseimas que comia em garota e que aqui não se encontram. Mais uma hora à procura da dita loja e mais meia hora a comprar aquelas coisas boas das quais já nada resta senão um aumento de peso corporal...
Seguidamente atravessamos a pé o St. James Park até o Palácio de Buckingham. A Rainha estava lá, já que, a bandeira estava hasteada.
(Neste momento estamos a entrar no reino da invenção...)
Ainda chamei:
- Ó Beta! Anda cá fora amori! Mas aquela snob não me ligou nenhuma...
Depois mudei de estratégia:
- Ó Gui! Williaaaaammmm!!!! Anda cá fora para te prespegar dois beijos nessa cara laroca! Ainda o vi à janela mas a namorada fechou as cortinas... Ai, as vicissitudes do amor....
(Neste momento saímos do reino da invenção...)
Andar o jardim todo é um esticão. Mas vale a pena porque é lindíssimo e cheio de bichinhos queridos como o esquilo que verão acima. Não, não lhe estiquei a mão porque ao não ter o que lhe oferecer para comer, poderia se contentar com um pedaço de dedo...
Depois fizemos o caminho ao contrário de volta a Trafalgar pr«ara nos encontrarmos com o meu pai, irmão e cunhada. Fomos comer um waffle ao Garfunkel's... Hum... Que pecado....
Depois fomos a Convent Garden onde fazem um género de mercado de bugigangas... Além disso, é onde se concentram os artistas de rua embora não tenha visto nada de especial...
Depois lá voltamos para Ashtead que ainda fica a uns 45 minutos de comboio de Londres. Estava estoirada... Mas não pensem que a Jessica e a Shawna tiveram pena de mim... Nada disso! Assim que entrei em casa, lá vieram elas e lá fomos brincar. Deitei-me às 22.30h e só acordei às 07.00h da manhã seguinte.
Neste 4º e último dia, fui tomar banho e qual não é o meu espanto quando percebo que os meus ombros estavam rígidos e que não consegui por o champô na cabeça... Foi muito cómico. Punha as mãos na cabeça e andava com ela à volta.
Despedimo-nos da Família Monteiro que nos recebeu muito bem em sua casa e lá fomos deixar as malas na Estação de Waterloo. O meu pai ficou na estação a tomar conta das malas e eu e mi madre fomos dar um passeio pela zona de Victória... Escusado será dizer, voltamos cheias de livros...
E pronto, lá fomos para Heathrow e fizemos uma boa viagem até cá...

E cá está...l Tentei aproveitar ao máximo o tempo e força que tinha.

Espero que gostem do relato e das fotos acima e abaixo.

Beijos e abraços tribais

Fotografias - Parte 1



Eu e o meu irmão após a graduação




Royal Holloway University of London (Entrada Norte)




No London Eye




Off with her head! (Lembram-se da Rainha de Copas na Alice no País das Maravilhas?!)




O Beefeater mal disposto




Midi Ben...

terça-feira, julho 22, 2008

I'm Back

Pois é, estou de volta, tribo do meu coração! Cheguei na 6ª feira e vim logo a correr para o PC... Qual não é o meu espanto que o dito estava "flat line"... Mortinho! Não dava sinais de vida. Fiquei logo com um humor que nem vos digo nem vos conto...

Mas cá estou para vos contar tudo sobre a minha mini viagem a Londres.

No 1º dia cheguei ainda de manhã e aproveitei para ir logo para o centro de Londres visitar alguns monumentos. Fui ver a Abadia de Wesminster com um guia daqueles que trazemos ao peito e que parece um telefone... Mas, helas!, este tinha a voz do Jeremy Irons... Oh, só por isso valeu a pena o "banho de história". A Abadia é lindíssima e riquíssima em história.
A seguir fui à Torre de Londres onde me deliciei com as histórias de tortura e banhos de sangue. Desculpem-me esta frontalidade, mas é de natureza humana gostar de saber estas coisas... Desde que façam parte de história antiga, convenhamos...
A Torre tem um encanto um pouco sombrio e não deixei de olhar para os corvos que, diz a lenda, têm de estar na Torre para "proteger" a monarquia... Correndo o risco de ficar sem um dedo, ainda estiquei a mão para tocar num, mas após uma rápida reflexão em relação ao tamanho do bico da ave, retirei a mão...
Vi o render da guarda na Torre. Uma pequena demonstração do que será aquela do Palácio de Buckingham.
Foi-me completamente impossível tentar retirar o chapéu ao guarda. Estão protegidos pelas cordas que cercam as preciosidades nos museus... Sou incapaz de transpor essas cordas.. è como se existisse um campo invisível que não me deixa passar para o outro lado. Maldita consciência! Lá ficou um incidente diplomático por concretizar...
No entanto, usando a sabedoria que tinha sobre o bom sentido de humor dos "beefeaters" - guardas da Torre - pedi a um o chapéu para tirar um foto. Duma forma muito britânica disse-me que não mas não se livrou de tirar uma foto comigo. Tinha logo de apanhar o único beefeater mal humorado...

No 2º dia da parte da manhã fui ver as vistas no London Eye. Lindíssimo. Achei o Big Ben pequeno e por isso apelidei-o de Midi Ben... Fui ainda ao museu do Dali que, por sorte, tinha uma exposição do Picasso. Muito bom...
Da parte da tarde fui para Egham. É aqui que se situa o Royal Holloway University of London onde o meu irmão terminou nos 2 anos o Mestrado em Information Security. Não o tirou in situ mas em Lisboa. Ia ao consulado britânico fazer os exames. Foi à Universidade umas 2 vezes nestes dois anos. Acabou com distinção! Palmas para o meu irmão que merece toda a minha admiração e orgulho.
A cerimónia, assim como a universidade é, foi lindíssima e assistimos com um imaginário "fio de baba" as escorrer do queixo... Babados de orgulho!

But, ah ha! Hoje fico por aqui... Amanhã contarei o resto.... É que, entretanto, vai dar os Tudores na RTP1 e aproveito para rever as paisagens londrinas e apreciar o actor que faz de Henrique VIII... Mas qual Ana de Bolena?! Se ele fosse assim e eu tivesse vivido naquele tempo, arranjava forma dela ser exilada junto com a Rainha e casava eu com ele! Que homem!

Long Live da Queen!

Tribal Kisses for all!!!!

segunda-feira, julho 14, 2008

Para a Teresa (lá de longe)



Um beijinho tribal minha querida

domingo, julho 13, 2008

Long live the Queen!

À minha Tribo de Afectos que, agora, inclui a minha Rutinha, o meu Gigante, o meu Principezinho, a Teresa lá de longe (como diz a Ouma) e o meu Tanacea

Pois é, vou estar por terras de sua Majestade esta semana.
Parto amanhã para Lisboa, para 3ª-feira de madrugada voar até Londres.
Mais uma ocasião que tenho de tomar uma dose extra de calmantes porque, digamos que, não sou uma adepta fervorosa de aviões…

Queria muito tirar uma foto com o chapéu de um dos guardas do Palácio de Buckingham, mas o meu Principezinho aconselhou-me a não me aventurar em tal façanha não fosse eu criar um “incidente diplomático”. Assim sendo, vou tentar mas com cuidado. Caramba, se o Mr. Bean conseguiu!!!
Se não der, vou ter de investir mais tempo em fazê-lo rir…

A razão que me leva a visitar a capital Inglesa é a graduação do Mestrado que o meu irmão tirou lá. Orgulhosamente, estarei lá para assistir e filmar a ocasião quando o meu “boetie”, de toga preta claro está, atirar o chapéu ao ar… Sempre me questionei como depois sabem que chapéu é deles… Ainda por cima o do meu irmão é alugado… Hum… Estarei atenta…
A Universidade onde o meu irmão concluiu o Mestrado, pelo que vi em fotos, é em muito semelhante a Hogwarts, a escola de magia onde estuda o Harry Potter. Terei de investigar para saber se não será, dissimuladamente, uma escola de magia e bruxaria…

Pronto, quando regressar conto a minhas aventuras. Sim, porque aqui a Raposa onde vai deixa sempre o seu cunho nos povos que, depois, deixa para trás. Os países nunca mais são os mesmos!!!

Um grande beijinho e abraços para todos

I’ll be back!!!

quinta-feira, julho 10, 2008

I’ve had the time of my life – Ao meu gigante

Como retribuição ao gesto que tiveste para comigo, cá estou eu a homenagear-te a ti, meu lindo, e à nossa relação ainda recém-nascida…
É a forma mais íntima e minha que tenho para demonstrar o carinho que sinto por ti.
És especial para mim e já seria incapaz de pensar a minha vida sem a tua presença.
Tens feito o que prometeste e restituíste alguma da minha fé na bondade das pessoas. Na pureza de sentimentos e no altruísmo puro.
Sempre me achei capaz de dar tudo a todos mas tu, meu gigante, ensinaste-me uma lição preciosa. Agracias os que te rodeiam com a tua boa disposição mesmo que não seja esse o teu estado emocional interior. Pões o bem-estar de todos acima do teu e, por isso, admiro-te.
És o meu porto seguro.
Se ao andar tropeçar, sei que o teu braço forte me vai apanhar antes da queda; e se na tua ausência cair desamparada e me apetecer chorar, sei que o teu ombro estará lá para apoiar a minha cabeça; os teus dedos limparão as lágrimas e sem uma palavra, agarrar-me-ás contra o teu peito e balançar-me-ás como se faz a uma criança que soluça…
És um pilar de força que se torna intransponível e indestrutível quando te comprometes a proteger alguém. Por sorte, esse alguém sou eu agora.
És o meu gigante. O meu colosso. A minha força.
Tornas a semana apenas um empecilho entre os fins-de-semana em que sei que vais estar comigo a massajar-me as costas doridas e a ouvir os meus queixumes. Ou vais acompanhar-me para uma noite de copos em que sei que se exagerar tenho-te a ti, meu gigante meigo e lindo, para me carregar para casa a soltar gargalhadas com as palavras arrastadas que te vou dizendo.
És o meu devorador de gomas e companheiro de filmes de sofá. Aqueles que te deixo ver, quando não me dá um ataque de verborreia e o filme passa sem darmos conta.
Bem sabes que o tema do meu blog é o Principezinho. Como tal tenho a dizer-te que o “Apprivoiser” está concluído. Os laços estão criados e estes, meu doce gigante, duma forma ou de outra, são para a vida.
Sabe que também eu sou uma gigante. Também te ampararei se tropeçares, limparei as tuas lágrimas e te balançarei até o choro cessar.
Os James e o Rufus serão sempre nossos. Isso nada nos tira…

I’ve had the time of my life
No I’ve never felt this way before
Yes I swear it’s the truth
And own it all to you…

quarta-feira, julho 09, 2008

Benefício da Dúvida

Lembrei-me da frase preferida dum amigo meu: This too shall pass. Traduzindo rudemente será qualquer coisa como: Isto, também, passará.
Tudo na vida, além da morte, passa. Questiono-me é a necessidade de cá andar só com esse mesmo propósito. Porque sim! Que raio! Mas eu não posso discordar sobre a alegria imensa que é estar vivo?
Eu não me sinto mais feliz só por todos os dias quando acordo constatar que estou viva!
Quer dizer, entre os 15 a 30 minutos que demoro a “desempenar-me” e a levantar-me da cama a queixar-me como uma velha de 90 anos, não contenho o êxtase e agradeço euforicamente ao Universo a minha existência…
Imaginem este cenário… Acordam com o despertador, eu tenho 4, e estão deitados em posição fetal - Corpo de lado, braços cruzados junto ao peito e pernas flectidas – Abrem um olho e, com dificuldade esticam o braço para calar o malfadado rádio… Depois sentem que estão entesados – não no bom sentido - e que os vossos músculos estão todos crispados. Lentamente começam a esticar o corpo. Por esta altura liga-se a máquina de fazer pipocas! Tudo estala! Tudo! Estalam ossos e junções que nem sabia que existiam! Mas não pensem que esta demonstração de precursão física é indolor! A cada estalo vocifero tipo metralhadora cada asneira que faria corar uma peixeira no Bulhão! A minha recente condição de quem mora sozinho veio beneficiar-me neste aspecto. Quando tinha companheira de casa tinha de me controlar e sibilar entre dentes as pragas e heresias… Agora é ouvir-me a gritar entre ais e uis!
Incrivelmente e por maldade do destino, depois de fazer todos os alongamentos há sempre um osso ou uma junção que dói e que simplesmente não me dá o alívio do estalo. Ando pela casa aos saltos a tentar desencaixar a junção. Quem me ouça e veja deve pensar que, certamente, uma consulta psiquiátrica seja urgente.!
Isto é o que acontece num dia bom! Existem dias que as dores não passam mesmo e ando pela a rua com a aparência duma paciente geriátrica que se esqueceu do andarilho… Nessas alturas, abro os braços para o céu – estalando, claro está – respiro fundo – o que me faz ter uma cãibra nas costas – e digo: - É tão bom estar viva!
É isto que tenho pela frente todos os dias da minha vida! Ah que cenário tão animador!
Há anos que ouço que as coisas hão-de melhorar… Continuo à espera… Hei-de morrer à espera… A minha última palavra vai ser: então?!
E logo depois a cabeça descai e, claro.... Ouve-se um valente estalo!

segunda-feira, julho 07, 2008

sábado, julho 05, 2008

SELF

Se tivesse de me caracterizar por uma corrente de pensamento filosófico escolheria o Niilismo. Duvidar, duvidar, duvidar, negar, negar, negar…
Ando a ler sobre Schopenhauer, filósofo pessimista do século XIX. Dizia que feliz era aquele que conseguisse evitar os seus semelhantes. Incentiva ao isolamento narcísico. Vivendo apenas para o próprio intelecto.
Tenho que concordar que se soubéssemos para que vínhamos, poucos escolheriam nascer. Faz o paralelismo entre a infelicidade causada pelo ensimesmamento e a dor que os nossos pares conseguem nos provocar. A escolha dele recai sobre uma vida egocêntrica e extraordinariamente focada na racionalização do próprio SELF e nada mais. Só porque dói mais e obriga a um constante questionamento sobre o nosso EU.
Seguiram-no em pensamento Kant e Nietzsche que tinham, eles também, uma visão muito negra da socialização e os seus malefícios para a psique de cada indivíduo.
No entanto, sou por natureza um ser social. Odeio a solidão e, acima de tudo, deploro a minha própria companhia.
Logo, embora entenda a visão negativista destes pensadores, não os posso por em prática na minha própria vida.
Talvez o meu maior erro é gostar de pessoas. Como diz um amigo, gostar mesmo gostar. Conquanto aprecie a companhia dos meus semelhantes, a minha personalidade borderline leva-me a comportamentos extremistas. Como um pêndulo fixo, vario apenas entre branco e preto, 8 e 80, bom e mau. Entre heróis que depressa se tornam vilões. Agora entendo isso.
Uma forma muito imatura de entender a vida e as relações humanas que por definição são complexas.
AH! Mas… Sublime o sorriso; Perfeita a lágrima; Ofuscante o brilho dos olhos; Libertadora a gargalhada; Magnífico o calor do toque humano. Preciso de ver, ouvir, saborear, cheirar e sentir tudo isto para me sentir viva.
Tenho uma vivência livresca, por isso, vazia. Conheço e entendo a vida e pensamento de quem leio mas nunca parece encaixar irrepreensivelmente com a amálgama que criei no meu SELF.
Cada novo amanhecer traz um estado de alma díspar. Posso acordar existencialista como Virgílio Ferreira; Despertar derrotista como Hegel; ou, tão simplesmente, abrir os olhos para um dia racional do mais perfeito jeito socrático.
A verdade absoluta, o segredo da nossa existência, reside numa puzzle completado, sem o mínimo erro ou remedo, a partir de retalhos de cada pensamento alguma vez partilhado ou escrito. Puzzle impossível de alguma vez ser completado por muitas vidas que se possa viver.
Eu, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo, sou outra.
Felizes daqueles que ignoram completamente o que os outros pensaram por nós. Aqueles que vivem de acordo com a “dor de pensar” de Caeiro, por isso, usam a razão apenas como instrumento de sobrevivência e não auto-destruição.
Esta procura de solução milenar começou no momento que em nanossegundos fez de nós os seres complexos que somos hoje… A primeira vez que se acendeu uma luz no fundo da mente dum homem e este reconheceu SER. Pensou, existo. A pergunta pertinente que todos nós nos colocamos a determinada altura da vida é: Para quê?
Sei quem fui, não sei quem sou mas, com toda a certeza, sei quem não quero ser.

quinta-feira, julho 03, 2008

Pedaços de mim

Estou cansada! Derreada! Estoirada!
Todos os dias me olham mas nunca me vêem!
Falo… Ouvem mas não me escutam!
Não me toquem porque jamais me sentem!
Cheiram o perfume mas nunca, nunca, a essência!

Horas a falar…A sentir… A falar…
Palavras gastas que não recuperarei!
Escrevendo, cravei o meu ser num género de eternidade…
Fogo-fátuo para quem as leu, mas pedaços de mim.
Foram-me roubados pelos outros…
Por aqueles que mos pediam mas que não os respeitavam…

Medo...

To Ouma